domingo, 2 de janeiro de 2011

O ANO DO JUBILEU


                    Segundo a analogia do descanso semanal do último dia da semana, cada sétimo ano foi designado como um período de descanso para as terras agricultáveis, que deveriam ser deixadas por cultivar (Ex.23:10-11). Um sábado de sábados (49 anos) deveria anteceder o ano do jubileu. Portanto, passavam-se cinqüenta anos para que houvesse um novo ano de jubileu. Naquele qüinquagésimo ano, pois: 1. A terra teria de ser deixada sem cultivo; 2. A terra deveria voltar ao seu anterior proprietário; 3. Os escravos hebreus deveriam ser postos em liberdade. Há muitos eruditos modernos que pensam que essa legislação foi observada raramente e que ela existia mais como um ideal do que como uma realidade.
                    A palavra portuguesa “jubileu” corresponde ao termo hebraico YOBEL, que também indica “clarinetada” tirada de um chifre de carneiro. Essas clarinetadas anunciavam as festas religiosas e os dias santificados. A palavra acabou indicando o próprio chifre de carneiro. O termo jubileu, em português, indica o regozijo do dia; vem do latim, jubilum, um grito de alegria.
                    De acordo com a Igreja Católica, um ano de jubileu é um ano de indulgência especial. Um ano desses só pode ser decretado pessoalmente pelo papa. Para eles, nesse ano, certas condições de confissão, comunhão, boas obras, etc., obtêm a remissão das conseqüências penais terrenas dos pecados. Um ano desses também é conhecido como ano santo.
I – A TERRA NÃO SERÁ CULTIVADA: (25:11)
                    O ano do jubileu também era um ano sabático, ou seja, dois anos se passariam sem que houvesse nenhuma atividade agrícola. Logo, deveria haver provisão alimentar para que o povo pudesse enfrentar tão longo período improdutivo.
                    Haveria uma produção espontânea dos campos plantados, devido a sementes caídas no solo, no ano anterior, o que é salientado no versículo 12. Portanto, haveria algum suprimento, enquanto o resto do suprimento necessário seria o que tivesse sido armazenado pela previdência determinada na Palavra de Deus.
II – A TERRA DEVERIA VOLTAR AO SEU PROPRIETÁRIO: (25:13)
                    Onde houver o envolvimento de dinheiro, aí haverá opressão e desonestidade. O ideal para as famílias era manterem suas terras e nunca vendê-las. Mas quando tal venda fosse necessária, as provisões da legislação mosaica precisavam ser seguidas.
III – Os escravos hebreus deveriam ser postos em liberdade: (25:39)
                    Um judeu empobrecido podia vender-se como escravo para outro hebreu, embora um escravo não tão absoluto como se dava com um escravo pagão. Não podia ser tratado com violência (vs. 46), um ideal que nem sempre era observado. O ideal era que um hebreu que pertencia ao Senhor, não pertencesse a outro homem. Contudo, esse ideal nem sempre era corretamente observado.

                    O ano do jubileu refere-se à redenção que há em Cristo, e aos benefícios advindos de sua missão terrena, de modo geral (Is. 61:1-3/ Lc. 4:16-21). Todos os homens, ricos e pobres, beneficiam-se com base nessa missão, e nenhum homem é esquecido, porquanto Deus amou de tal maneira que fez provisão adequada para o bem-estar espiritual e material dos homens. Em Cristo, encara o bem-estar espiritual e material dos homens. Em Cristo encontramos provisão e herança (Rm. 8:17).

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