segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Curso de Capelania.


Conferência Teológica no Ceforte



RELATÓRIO DA PRIMEIRA CONFERÊNCIA TEOLÓGICA 2014- CEFORTE (Polo Cascadura)

Toda instituição vive,em sua realidade diária, uma rotina em torno de sua finalidade. Não é diferente com o que acontece em nosso CEFORTE (Polo Cascadura). De segunda a sábado – diariamente - desenvolvemos nossas habituais atividades. Entretanto, nos dias 19 a 23 de agosto, fugimos das costumeiras práticas a fim de promover a nossa primeira Conferência Teológica. Certamente, este acontecimento foi um marco na história do nosso Seminário, que já é rica e sublime.Fomos privilegiados em poder ouvir temas pertinentes ao ministério, que foramabordados de modo profundo, bíblico, acadêmico e espiritual.
                Na segunda feira, o professor Vitor de Oliveira Abreu discorreu com a maestria, que lhe é peculiar, o tema “Leitura Popular da Bíblia”. Sugeriu-nos, fundamentado na práxis de Jesus, o Mestre por excelência, uma Metodologia mais afinada com a realidade existencial do ser humano.
                Na terça feira, o pastor e psicólogo, Artur Amâncio expôs de modo firme, sereno e seguro o que é “Inteligência Emocional”, atrelando-a ao fruto do Espírito, e para ser mais preciso, ao domínio próprio. Apontou questões de ordem prática que precisam ser afetadas por esta importante virtude espiritual.
                Na quarta feira, nosso Superintende Geral, o Bispo Eliziário Alves dos Santos, trabalhou o tema “Os Ministérios: Ferramenta para o Crescimento da Igreja”. Alertou-nos quanto aos perigosos modismos atuais e exortou-nos à fidelidade e vivência radical dos valores do Evangelho autêntico.
                Na quinta feira, o nosso querido Bispo Roberto Amaral, que estava acompanhado de sua esposa, a irmã Marcial Amaral, brindou-nos com um verdadeiro curso sobre “A Missão Integral da Igreja”. Falou-nos sobre os grandes eventos na História do Cristianismo Contemporâneo, destacando as particularidades de cada um e as contribuições de cada um destes a referida temática.
                Na sexta feira, o Pastor e Professor Henrique Araújo, com muita propriedade salientou a “Teologia da Cruz” na perspectiva do reformador, Martinho Lutero e ainda enfatizou as bases da vida cristã.
                Foram dias especiais e marcantes. Pudemos observar o grande interesse por parte de cada congressista. Portanto, encerro estas linhas registrando minha sincera gratidão a algumas pessoas que foram fundamentais na organização deste importante evento.
                Ao Bispo Roberto Amaral pela confiança e apoio oferecidos. Sentimo-nos encorajados e honrados pela sua presença e também de sua esposa.
                Ao nosso Secretário Regional de Educação Cristã, Pr. José Sandoval Bezerra, pela presteza em ajudar,apoiar e orientar.
                A cada um dos irmãos que não mediram esforços e tomaram parte ativa neste evento, sejam funcionários, professores, alunos, enfim, cada um que deu sua parcela de contribuição. O nosso muito obrigado.
                A Deus, sobretudo, sem o qual tal evento não teria sentido. “Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém” (Rm 11,36). Soli deo glória.
Até a nossa Segunda Conferência Teológica no ano de 2014, permitindo Deus. Em um “Tempo de Crescimento”,

Pr. Anderson Orofino da Silva

Diretor (Polo Cascadura)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Bispo Roberto Amaral hoje na Conferência Teológica!


Real situação no Egito!!!!

SAT-7 CEO ComentárioCompreender a situação atual no Egito- Escrito por Dr. Terence Ascott, CEO e Fundador, SAT-7 Internacional

Nicosia, 18:00 CET, 15 ago 2013
Muitos de nós envolvidos no ministério cristão no Egito estão revoltados com os mal-entendidos sobre a situação no Egito está sendo propagada pelos meios de comunicação internacionais, mesmo normalmente equilibradas, como a BBC, e do jeito que tem, em geral, retratou a Irmandade Muçulmana como vítimas da injustiça.
Então, em nome de mim mesmo, Ramez Atallah (Secretário-Geral da Sociedade Bíblica do Egito), Pastor Fayez Ishaq (parte da equipe de liderança em Kasr El Dubarrah Igreja Evangélica), outros líderes de ministério no Egito e na liderança do Middle East Concern, por favor, permita-me a pintar um quadro geral do que vem acontecendo em relação ao ano passado ou assim:
Sim, o ex-presidente Morsi foi eleito "democraticamente" em junho de 2012, mas somente o mais fino das maiorias, e apenas 13 milhões de pessoas (de uma população total de 83 milhões) votaram em Morsi em tudo. E ainda assim ele tomou isso como um mandato para fazer o que ele queria, com um winner-takes-all atitude. Seu novo governo não era inclusiva e ele rapidamente nomeou ex-líderes da Irmandade Muçulmana (alguns com condenações anteriores à violência ou incitação à violência) para servir como governadores regionais ou ministros do governo. Em novembro de 2012, que ilegalmente se deu novas amplos poderes para agir, sem censura, e correu através de uma nova Constituição pró-islâmico, apesar dos protestos e boicotes de liberais, moderados muçulmanos e cristãos, e então ele se recusou a convocar novas eleições - como tinha previamente acordado para fazer depois de uma nova Constituição tinha sido aprovada.
E, claro, a economia foi muito mal gerido pelos novos Ministros, cuja única qualificação aparente para o escritório foi o fato de que eles eram partidários da Irmandade Muçulmana. Até o final de 2012, a infraestrutura do país tinha começado a desmoronar, energia e combustíveis suprimentos tornou-se incerto, os preços dos produtos básicos subiram e Egito lutou para ficar tão necessário financiamento internacional.
Até 30 de junho de 2013, no primeiro aniversário da eleição de Morsi ao escritório, o povo egípcio tinha o suficiente! Talvez como muitos como 30 milhões de pessoas saíram para protestar contra Morsi continuar no cargo - isso incluía muitas pessoas que votaram para Morsi um ano antes e, mesmo que o número de 30 milhões de euros não pode ser verificada de forma independente, é claro que o número de pessoas na rua era muito mais do que o número de pessoas que nunca tinham votado para Morsi. Mas, ao contrário do presidente de qualquer democracia normal, ele se recusou a ir, ou até mesmo buscar um mandato renovado através de novas eleições - confirmando a muitos que a Irmandade Muçulmana foram apenas usando a nova democracia no Egito para estabelecer uma teocracia.
Em uma situação como esta, a última linha de defesa para a democracia é o exército. Só eles têm o poder de re-iniciar o processo democrático e, por (muito) a demanda popular e com a devida antecedência, o exército fez intervir e remover o ex-presidente - para o deleite absoluto e alívio da maioria dos egípcios!
Nas últimas seis semanas a Irmandade Muçulmana tem ocupado uma série de espaços públicos, para demonstrar para a reintegração do ex-presidente (atualmente sendo realizada pelo Exército e enfrentando acusações relacionadas a abuso de poder, incluindo o material substancial e apoio de inteligência para o Hamas) . Ao contrário da ocupação pacífica da Praça Tahrir por manifestantes em janeiro de 2011, e novamente no final de Junho de 2013, estas ocupações da Irmandade Muçulmana foram dominados por apelos à violência contra o exército, a polícia, os liberais e, especificamente, os cristãos coptas no Egito - tudo resultando na violência testemunhada no dia 14 de agosto, quando delegacias de polícia, hospitais, particulares e bens públicos foram destruídos. Muitas igrejas cristãs (pelo menos 40 até agora), casas e empresas também foram atacadas, assim como um mosteiro, três sociedades religiosas, três livrarias fundamentais pertencentes à Sociedade Bíblica do Egito, três escolas cristãs e um orfanato.

 
Cenas de distúrbios civis desta semana:Mensagem em uma casa egípcia sul lê "Amai os vossos inimigos. Vamos rezar com fervor. "Mensagem em uma casa egípcia sul lê "Amai os vossos inimigos. Vamos rezar com fervor."

      

 Message on a southern Egyptian home reads "Love your enemies. We will pray fervently."
A Igreja Ortodoxa Copta, Papa, HH Tawadrous II fez uma declaração sobre os ataques a igrejas esta semana, dizendo que "este foi o esperado e, como os egípcios e os cristãos, estamos considerando nossas igrejas como um sacrifício a ser feito para o nosso amado Egito" . Outros líderes da igreja fizeram declarações semelhantes, sublinhando que igrejas não fazem a Igreja, mas a Igreja é o Corpo de Cristo, feita de pessoas que têm a sua fé nEle, e que está ficando mais forte à medida que passa através destes tempos difíceis.
Também é importante e encorajador notar que alguns muçulmanos foi para proteger as igrejas e que, em troca, muitos cristãos, em seguida, enviou mensagens aos seus concidadãos muçulmanos, dizendo: "os edifícios podem ser reconstruídos novamente, mas você não tem preço, portanto, fique seguro, e não se preocupe com as igrejas ". E o governo egípcio anunciou também hoje que o Estado assumiria a responsabilidade financeira para a reconstrução das igrejas danificadas.
A Irmandade Muçulmana têm sido, e continuam a ser muito eficaz em retratar-se como vítimas aos meios de comunicação, apontando como Morsi tinha sido "democraticamente" eleitos e que o exército "golpe" foi um grande revés para o progresso democrático do país. Eles sabem que botões apertar com a imprensa ocidental e esta parece ser a versão que a maioria do mundo é ouvir - mas não é uma versão da verdade que ressoa com a grande maioria dos egípcios.
E, enquanto a perda de vidas nos últimos dias tem sido mais lamentável que não tenha sido apenas simpatizantes da Irmandade Muçulmana que morreram, e não houve relato escassa sobre as tentativas da Irmandade Muçulmana para desestabilizar o Egito, os seus apelos à violência contra o governo e seus defensores, e tem havido uma total falta de informação sobre as armas que a Irmandade tinha nos campos e usado contra o exército, uma vez que procurou desmantelar o sit-ins.
Para encerrar, eu posso pedir suas orações para este importante país - a maior do mundo árabe, com a maior comunidade cristã no Oriente Médio.
Por favor, orem para que:

    
A violência atual vai acabar em breve
    
A regra eficaz da lei e ordem será restabelecida para o benefício de todos os cidadãos
    
Haverá uma protecção eficaz da igreja e outros bens contra ataques de extremistas
    
Egito será governado para o benefício de todos os seus cidadãos, com pessoas de diferentes convicções capazes de viver lado a lado em paz

    Cristãos egípcios terão a oportunidade de desempenhar um papel cada vez mais importante e eficaz no atendimento das necessidades de todos os egípcios e ajudando a trazer cura e reconciliação no país

Fonte: https://www.sat7usa.org/understanding-the-present-situation-in-egypt

A herança Calvinista do Dispensacionalismo.

A Herança Calvinista do Dispensacionalismo

O moderno dispensacionalismo sistemático chega à casa dos duzentos anos de expressão e desenvolvimento. Vivemos um momento em que o dispensacionalismo e alguns de seus conceitos têm sido propagados e adotados por grupos de diferentes tradições religiosas. Isso não é surpresa, pois nossa época se caracteriza pela anti-sistematização e pelo ecletismo na área do pensamento. Talvez a grande surpresa para alguns seja o fato de que o dispensacionalismo se desenvolveu e difundiu, durante os seus primeiros 100 anos, entre aqueles que se mantiveram na tradição calvinista reformada. Somente de 75 a 50 anos para cá é que o dispensacionalismo e algumas de suas convicções se propagaram, de modo significativo, fora da órbita do calvinismo.

Definições

Antes de prosseguirmos, preciso estabelecer definições funcionais do que quero dizer com calvinismo e dispensacionalismo. Em primeiro lugar, ao mencionar calvinismo me refiro, principalmente, ao sistema teológico relacionado à doutrina da graça ou calvinismo soteriológico. Incluem-se nessa categoria o calvinismo estrito e o modificado (i.e, o calvinismo de cinco pontos e o de quatro pontos, respectivamente). Refiro-me àquele aspecto do calvinismo que trata da natureza decaída do ser humano e da graça eletiva de Deus.
Em segundo lugar, ao mencionar dispensacionalismo, faço alusão ao sistema teológico desenvolvido por J. N. Darby que deu origem à sua moderna ênfase na interpretação literal coerente; na distinção entre o plano de Deus para Israel e o Seu plano para a Igreja; normalmente, no Arrebatamento pré-tribulacional da Igreja antes da septuagésima semana de Daniel; no pré-milenismo; e na multiforme proeminência da glória de Deus como o propósito final da história. Nisso se incluem alguns que, tendo adotado tal sistema, talvez parem, de repente, de crer no pré-tribulacionismo. O foco da atenção deste artigo é o pré-milenismo dispensacionalista.

A lógica teológica

Em concordância com o ímpeto calvinista de olhar teocentricamente a história, creio que o pré-milenismo dispensacional propõe o mais lógico final escatológico dos decretos soberanos de Deus quanto à salvação e à história. Visto que os pré-milenistas dispensacionais consideram as promessas divinas, tanto a da eleição de Israel quanto a da eleição da Igreja, como incondicionais e certas no seu futuro cumprimento, tal convicção é lógica e coerente com a Bíblia. Um teólogo aliancista diria que a eleição de Israel era condicional e temporária. Muitos calvinistas são teólogos aliancistas que acreditam na incondicionalidade e irrevogabilidade da eleição dentro da Igreja. Estes entendem que o plano divino para Israel está condicionado à escolha humana, ao passo que o plano de Deus para a salvação no âmbito da Igreja é, em última análise, um ato soberano dEle. Não há simetria em tal lógica. Enquanto isso, os pré-milenistas dispensacionais entendem ambos os atos como uma expressão soberana do plano divino na história, que vem a ser uma aplicação coerentemente lógica da vontade soberana de Deus nas questões humanas.
Samuel H. Kellogg, pastor, missionário e educador presbiteriano, escreveu sobre a lógica entre o calvinismo e o “pré-milenismo futurista moderno”, que em sua época (1888) era essencialmente dispensacional. “Porém, em geral”, comenta Kellogg, “pode-se dizer acertadamente que as relações lógicas do pré-milenismo o aproximam mais intimamente do sistema agostiniano do que de qualquer outro sistema teológico”.[1] Sua utilização do termo “agostiniano” é uma nomenclatura mais antiga para o termo “calvinista”. Kellog salienta as diversas áreas nas quais o calvinismo e o pré-milenismo são teologicamente unânimes. “O pré-milenismo pressupõe uma antropologia fundamentalmente agostiniana. O calvinismo comum declara a completa impotência do indivíduo quanto à sua auto-regeneração e auto-redenção”.[2] Ele prossegue: “é evidente que as pressuposições antropológicas, nas quais o pré-milenismo parece se basear, devem trazer consigo uma soteriologia semelhante”.[3] Kellogg fundamenta que “a afinidade agostiniana da escatologia pré-milenista fica mais evidente. Não há nada mais acentuado do que a constante insistência dos pré-milenistas de que [...] a atual dispensação é estritamente eletiva”.4 “Em suma”, conclui Kellogg, “podemos dizer que aquilo que os pré-milenistas simplesmente afirmam ser o macrocosmo, os agostinianos em geral declaram ser o microcosmo”.[5]
Isso não quer dizer que dispensacionalismo e calvinismo são sinônimos. Eu simplesmente argumento que o dispensacionalismo é compatível com certos elementos do calvinismo, o que proporciona uma resposta parcial para a questão do dispensacionalismo ter se originado do útero reformado. C. Norman afirma:
Há, por certo, importantes elementos calvinistas do século XVII no dispensacionalismo moderno, mas estes elementos foram combinados com ênfases doutrinárias provenientes de outras fontes, a fim de formar um sistema diferente que, em muitos aspectos, é completamente estranho ao calvinismo clássico.[6]
Apesar disso, o dispensacionalismo de fato se desenvolveu dentro da comunidade reformada e, durante seus primeiros 100 anos, a maioria dos adeptos vinha de um ambiente calvinista. Kraus chega à seguinte conclusão: “Levando tudo isso em conta, ainda é preciso assinalar-se que as afinidades teológicas básicas do dispensacionalismo são calvinistas. A esmagadora maioria de homens envolvidos nos movimentos de conferências bíblicas e proféticas endossava declarações de fé calvinistas”.[7]

Darby e o Movimento dos Irmãos

O dispensacionalismo sistemático moderno desenvolveu-se nos idos de 1830 por J. N. Darby e aqueles que faziam parte do Movimento dos Irmãos.
O dispensacionalismo sistemático moderno desenvolveu-se nos idos de 1830 por J. N. Darby e aqueles que faziam parte do Movimento dos Irmãos. Praticamente todos esses homens procediam de igrejas cuja soteriologia era calvinista. “Em se tratando de teologia”, relata H. H. Rowdon, historiador do Movimento dos Irmãos, “os primeiros Irmãos eram unanimemente calvinistas”.[8] Isso ecoa nas palavras de um dos fundadores dos Irmãos, J. G. Bellet, que começava sua associação com o movimento, quando seu irmão, George, escrevendo a seu respeito, disse: “pois suas convicções decididamente se tornaram mais calvinistas, e acredito que todos os amigos com quem se associara em Dublin, sem exceção, eram desta posição”.[9]
Qual era a posição de Darby nessa questão? John Goddard comenta que Darby “cria na predestinação de indivíduos e rejeitava o esquema arminiano de que Deus não predestinou aqueles que de antemão sabia que se conformariam à imagem de Cristo”.[10] Em sua “Letter on Free-Will” (i.e., “Carta Sobre o Livre-Arbítrio”), Darby deixa claro que rejeita esse conceito. “Se Cristo veio salvar o perdido, o livre-arbítrio não tem mais razão de ser”.[11] “Creio que devamos nos apegar à palavra”, prossegue Darby, “mas, filosófica e moralmente falando, o livre-arbítrio é uma teoria falsa e absurda. Livre-arbítrio é um estado de pecado”.[12] Em virtude de crer na escravidão do pecado, Darby, logicamente, manteve sua crença na graça soberana como condição para a salvação:
O desdobramento desse princípio da graça soberana é tal que sem ele ninguém seria salvo, pois não há quem entenda, não há quem busque a Deus, nenhuma pessoa que, por seus próprios esforços, consiga um dia ter vida. O julgamento baseia-se nas obras; a salvação e a glória são fruto da graça”.[13]
Outra evidência do calvinismo de Darby é que ele, pelo menos em duas ocasiões, foi convidado por calvinistas não-dispensacionalistas para representá-los na defesa do calvinismo. Um dos biógrafos de Darby, W. G. Turner, registrou a sua defesa no debate ocorrido na Universidade de Oxford:
Foi numa data mais remota (acredito que em 1831) que F. W. Newman convidou o Sr. Darby para ir a Oxford: um momento memorável por sua refutação pública dos argumentos levantados pelo Dr. E. Burton que rejeitavam as doutrinas da graça defendidas pelos reformadores e sustentadas não somente por Bucer, P. Mártir e pelo bispo Jewell, mas também pelos artigos IX-XVIII da Igreja Anglicana.[14]
Noutra ocasião, Darby foi convidado para ir à cidade de Calvino, Genebra, na Suíça, a fim de fazer uma defesa do calvinismo. Turner declara que “ele refutou o ‘perfeccionismo’ de John Wesley, para alegria da Igreja Livre da Suíça”.[15] Darby foi condecorado pelos líderes de Genebra com a medalha de honra ao mérito.[16]
E ainda, quando algumas doutrinas reformadas foram criticadas dentro da igreja a que outrora servira, “Darby assinalou sua aprovação do artigo XVII”, que trata da eleição e predestinação, “incluso nos trinta e nove artigos da declaração doutrinária da Igreja Anglicana”.[17] Darby afirmou:
De minha parte, em sã consciência, reputo como sábio o artigo XVII. Talvez possa dizer que se trata da mais sábia e condensada declaração humana, que eu conheça, sobre o conteúdo em questão. Estou plenamente satisfeito em interpretá-lo em seu sentido literal e gramatical. Creio que a predestinação para a vida é o propósito eterno de Deus, por meio do qual, antes que os fundamentos do mundo fossem estabelecidos, Ele decretou firmemente salvar dentre a raça humana aqueles que escolhera em Cristo, pelo Seu conselho que nos é secreto, e apresentá-los, por intermédio de Cristo, como vasos de honra, para a eterna salvação.[18]

Scofield, Chafer e o Seminário Teológico de Dallas

A Bíblia de Scofield com Referências é considerada por muitos como a ferramenta mais eficaz na disseminação do dispensacionalismo nos Estados Unidos. Foto: C. I. Scofield.
C. I. Scofield (1843-1921), Lewis Sperry Chafer (1871-1952) e o Seminário Teológico de Dallas (fundado em 1924) foram importantes veículos na propagação do dispensacionalismo nos Estados Unidos e no mundo. Tanto Scofield quanto Chafer eram pastores ordenados pela Igreja Presbiteriana. A Bíblia de Scofield com Referências é considerada por muitos como a ferramenta mais eficaz na disseminação do dispensacionalismo nos Estados Unidos.[19] Scofield se converteu a Cristo na meia-idade e, primeiramente, foi discipulado por James H. Brookes em Saint Louis. Foi ordenado ao ministério da Primeira Igreja Congregacional de Dallas em 1882 e transferiu suas credenciais ministeriais para a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos em 1908.[20] Conseqüentemente, seu ministério se desenvolveu num contexto calvinista.
Scofield foi a maior influência no desenvolvimento teológico de Chafer. John Hannah menciona que “é impossível entender Chafer sem que se perceba a profunda influência de Scofield”.[21] Na realidade, “Chafer sempre comparava esse relacionamento ao de pai e filho”.[22] Tal relacionamento originou-se do aprendizado de Chafer sob a tutela de Scofield na Conferência de Northfield e da transformação de vida incentivada pelos estudos de Scofield à frente da Primeira Igreja Congregacional de Dallas nos primórdios de 1900. Scofield disse a Chafer que seus dons relacionavam-se mais com a área de ensino do que com a de evangelismo na qual este tinha atuado. Em seguida, “os dois oraram juntos e Chafer dedicou a sua vida inteira ao estudo e ao ensino da Bíblia”.[23]
Scofield e Chafer foram dois dos maiores dispensacionalistas americanos e ambos desenvolveram sua teologia a partir de um contexto reformado. Scofield é conhecido por sua Bíblia de Estudo e Chafer pela publicação de sua Teologia Sistemática e pelo Seminário Teológico de Dallas. Jeffrey Richards descreve as características teológicas de Chafer mencionando que “têm muito em comum com toda a tradição reformada. Com exceção da escatologia, Chafer é teologicamente parecido com os expoentes da teologia de Princeton, tais como Warfield, Hodge e Machen. Reconhecia, de modo semelhante, doutrinas como, por exemplo, a soberania de Deus [...] a depravação total da humanidade, a eleição, a graça irresistível e a perseverança dos santos”.[24] C. Fred Lincoln descreve a obra de Chafer intitulada Systematic Theology (Teologia Sistemática – publicada em português pela Editora Hagnos. N.T.), como “completa, calvinista, pré-milenista e dispensacionalista”.[25]
Desde a sua fundação em 1924 com o nome The Evangelical Theological College (mudado em 1936 para Dallas Theological Seminary), o Seminário de Dallas causou um impacto de proporções globais a favor do dispensacionalismo. Seu principal fundador foi Chafer. Entretanto, William Pettingil e W. H. Griffith-Thomas também desempenharam um papel importante na sua fundação. Pettingil, à semelhança de Chafer, era presbiteriano. Griffith-Thomas, um anglicano, escreveu um dos melhores comentários sobre Os Trinta e Nove Artigos (de Fé) da Igreja Anglicana,[26] que até hoje são largamente utilizados por anglicanos e episcopais conservadores. Os Trinta e Nove Artigos são fortemente calvinistas. Esses dois homens eram claramente calvinistas. O Seminário de Dallas, especialmente antes da Segunda Guerra Mundial, se considerava calvinista. Certa feita, num folheto de propaganda, Chafer caracterizou a escola como “plenamente de acordo com a fé reformada e sua teologia é estritamente calvinista”.[27] Numa carta escrita a Allan MacRae, do Seminário Teológico de Westminster, Chafer declarou: “Você provavelmente sabe que somos calvinistas declarados em nossa teologia”.[28] “Em 1925, quando se referia ao corpo docente do Seminário, Chafer fez uma observação de que quase todos eram procedentes de igrejas presbiterianas das regiões Sul e Norte do país”.[29] Além disso, escrevendo a um pastor presbiteriano, Chafer afirmou: “Eu me alegro em afirmar que não existe instituição, que eu saiba, mais calvinista como um todo, nem mais ajustada, por inteiro, a esse sistema de doutrina, defendido pela Igreja Presbiteriana”.[30]
Visto que muitos dos primeiros formandos de Dallas ingressaram no ministério presbiteriano, iniciou-se uma reação ao seu pré-milenismo dispensacionalista nos idos de 1930. Não era uma questão de serem ou não calvinistas na sua soteriologia, mas uma questão referente à sua escatologia. No final da década de 1930, “o Seminário Teológico de Dallas, embora professasse firmemente ser uma instituição presbiteriana, foi deixado fora do movimento conservador presbiteriano dissidente”.[31] Em 1944, os presbiterianos do Sul dos EUA emitiram o relatório de um comitê de investigação da compatibilidade do dispensacionalismo com a Confissão de Fé de Westminster. O comitê decretou que o dispensacionalismo não se harmonizava com a confissão de fé da igreja. Esse “relatório de 1944 foi o golpe que acabou com todas as espectativas futuras do pré-milenismo dispensacionalista dentro do presbiterianismo do Sul do país”.[32] Essa deliberação fez com que muitos ex-alunos do Seminário de Dallas deixassem seus ministérios em denominações de fé reformada e ingressassem no movimento de Igrejas Bíblicas independentes.

Um aumento na aceitação do dispensacionalismo

Ainda que o dispensacionalismo tenha tido, já na década de 1880, uma modesta penetração entre os batistas, através de representantes como, por exemplo, J. R. Graves,[33] um calvinista convicto, estes foram repelidos pelos não-calvinistas até meados da década de 1920, quando elementos da teologia dispensacionalista começaram a ser adotados por alguns pentecostais numa tentativa de rebater a crescente ameaça do liberalismo. Kraus explica:
Alguns professores declararam explicitamente que o pré-milenismo era um escudo de defesa contra a teologia racionalista. Assim, não é de se admirar a descoberta de que rudimentos teológicos normativos do dispensacionalismo tenham concorrido diretamente contra a ênfase da “Nova Teologia” em desenvolvimento.[34]
Até esse ponto na história, aqueles que eram de tradição arminiana e wesleyana estavam mais interessados nas questões relativas à santificação pessoal no presente, do que à atenção calvinista em explicar a obra soberana de Deus no decurso da história. Contudo, o surgimento da controvérsia fundamentalista-liberal na década de 1920 despertou um interesse pela defesa da Bíblia contra os ataques anti-sobrenaturalistas dos críticos liberais, que ultrapassava o âmbito do calvinismo. O dispensacionalismo foi visto como uma resposta bíblica e conservadora ao liberalismo, não apenas no meio fundamentalista, mas também, e cada vez mais, entre os pentecostais e outros grupos. Timothy Weber faz a seguinte observação:
Em tempo, o dispensacionalismo também teve seus adeptos dentro da tradição wesleyana. Outros grupos radicais da denominação Holiness repercutiram as predições dispensacionalistas de declínio da ortodoxia e da consagração nas igrejas; e os pentecostais descobriram no dispensacionalismo uma ocasião para o derramamento do Espírito num dia de “chuva serôdia” antes da Segunda Vinda.[35]

O desenvolvimento do dispensacionalismo no pós-guerra

Os movimentos fundamentalista/evangélico e pentecostal/carismático se alastraram rapidamente pelos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial e o dispensacionalismo, por estar relacionado com tais movimentos, também cresceu rapidamente. Muitas pessoas nascidas durante o “baby-boom” do pós-guerra cresceram no ambiente de igrejas pentecostais e carismáticas tendo o dispensacionalismo e o Arrebatamento pré-tribulacional como parte de sua estrutura doutrinária. Portanto, nem lhes passava pela cabeça que o dispensacionalismo não era inerente às características específicas de sua teologia da restauração. Além disso, quando o fundamentalismo não-calvinista se expandiu depois da Segunda Guerra, especialmente nos círculos batistas independentes, houve uma ruptura ainda maior dos distintivos dispensacionalistas em relação às suas raízes calvinistas.
De outro lado, o expurgo do dispensacionalismo por parte do cristianismo reformado, iniciado no final da década de 1930, foi plenamente concluído. Um exemplo típico dessa polarização verifica-se em livros como Wrongly Dividing The Word Of Truth: A Critique of Dispensationalism (“Manejando Mal a Palavra da Verdade: Uma Crítica ao Dispensacionalismo”) de John Gerstner.[36] Enquanto, por um lado, admite que “o estranho no dispensacionalismo é que parece ter tido seus mais fortes defensores em igrejas calvinistas”,[37] Gerstner se opõe tão fortemente ao dispensacionalismo que se tornou cego para perceber a verdadeira natureza calvinista de tal teologia teocêntrica. Gerstner alega que ele e outros teólogos reformados levantaram “um forte questionamento sobre o dispensacionalismo e suas reivindicações calvinistas”.[38] Parece que pelo fato de o dispensacionalismo ter se originado numa tradição reformada, como um rival da teologia aliancista, alguns querem dizer que não pode logicamente ser calvinista. Esse é o argumento de Gerstner. Entretanto, apesar do seu sofisma nessa questão,[39] Gerstner não pode anular o fato histórico de que o dispensacionalismo foi gerado em meio à mentalidade bíblica de uma teologia nitidamente teocêntrica, por aqueles que defendiam firmemente o calvinismo soteriológico. A provável razão pela qual a comunidade reformada tomou a dianteira na crítica da teologia dispensacionalista se encontra no fato de que o dispensacionalismo nasceu num contexto reformado.

Conclusão

O dispensacionalismo é mais bem entendido como um sistema teológico que compreende Deus como o Soberano Governante dos céus e da terra e a história como uma lição na concretização da glória de Deus exibida tanto no céu quanto na terra.
É justamente pelo fato de que o dispensacionalismo penetrou em quase todas as formas de protestantismo, que muitos, hoje em dia, talvez fiquem surpresos em conhecerem de onde procede a sua herança. Em nossos dias de irracionalismo pós-moderno em que a virtude se constitui em NÃO verificar a coerência dos pontos da teologia de uma pessoa, precisamos nos lembrar que a teologia da Bíblia é uma peça de roupa elaborada sem costura. Tudo se sustenta em conjunto. Se alguém começa a repuxar ou esgarçar um único fio de linha, o tecido todo corre o risco de se desmanchar.
O dispensacionalismo é mais bem entendido como um sistema teológico que compreende Deus como o Soberano Governante dos céus e da terra; o homem como um vice-regente rebelde (junto com alguns anjos); Jesus Cristo como o Herói da história que salva algumas pessoas por Sua Graça; a história como uma lição na concretização da glória de Deus exibida tanto no céu quanto na terra. O dispensacionalismo é uma teologia que, segundo creio, procede exatamente do estudo bíblico e que reconhece Deus como Deus. (Thomas Ice - http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Samuel H. Kellog, “Premillennialism: Its relations to Doctrine and Practice”, publicado em Bibliotheca Sacra, V. XLV, 1888, p. 253.
  2. Kellogg, “Premillennialism”, p. 254.
  3. Kellogg, “Premillennialism”, p. 257.
  4. Kellogg, “Premillennialism”, pp. 258-9.
  5. Kellogg, “Premillennialism”, p. 256.
  6. C. Norman Kraus, Dispensationalism in América: Its Rise and Development, Richmond: John Knox Press, 1958, p. 59.
  7. Kraus, Dispensationalism, p. 59.
  8. Harold H. Rowdon, Who are the Brethren and Does it Matter? Exeter, England: The Paternoster Press, 1986, p. 35.
  9. George Bellet, Memoir of the Rev. George Bellet, Londres: J. Masters, 1989, p. 41-2, citado em John Nelson Darby de Max S. Weremchuk, Neptune, NJ: Loizeaux Brothers, 1992, p. 237, f. n. 25.
  10. John Howard Goddard, “The Contribution of John Nelson Darby to Soteriology, Eclesiology, and Eschatology” (Dissertação de doutorado no Dallas Theological Seminary, 1948), p. 85.
  11. J. N. Darby, “Letter on Free-Will”, publicado em The Collected Writings of J. N. Darby, Winschoten, Holanda: H. L. Heijkoop, 1971, V. 10, p. 185.
  12. Ibid., p. 186.
  13. J. N. Darby, “Notes on Romans”, publicado em The Collected Writings of J. N. Darby, Winschoten, Holanda: H. L. Heijkoop, 1971, V. 26, pp. 107-8.
  14. W. G. Turner, John Nelson Darby: A Biography, Londres: C. A. Hammond, 1926, p. 45.
  15. Ibid., p. 58.
  16. Rowdon, Who Are The Brethren, pp. 205-7.
  17. Goddard, “The Contribution of Darby”, p. 86.
  18. J. N. Darby, “The Doctrine of the Church of England at the Time of the Reformation”, publicado em The Collected Wrintings of J. N. Darby, Winschoten, Holanda: H. L. Heijkoop, 1971, V. 3, p. 3 (A expressão em itálico é original).
  19. Larry V. Crutchfield, The Origens of Dispensationalism: The Darby Factor, Lanham, MD: University Press of America, 1992, Prefácio.
  20. Dictionary of Christianity in America, organizado por Daniel Reid, Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1990, pp. 1057-8.
  21. John David Hannah, “The Social and Intellectual History of the Origins of the Evangelical Theological College” (Dissertação de doutorado na Universidade do Texas em Dallas, 1988, pp. 118-9.
  22. Jeffrey J. Richards, The Promise of Dawn: The Eschatology of Lewis Sperry Chafer, Lanham, MD: University Press of America, 1991, p. 23.
  23. Ibid.
  24. Ibid., p. 3.
  25. C. F. Lincoln, “Biographical Sketch of the Author”, publicado em Systematic Theology de Lewis Sperry Chafer, Dallas: Dallas Seminary Press, 1948, V. VIII, p. 6.
  26. W. H. Griffith Thomas, The Principles of Theology: An Introduction to the Thirty-nine Articles, Grand Rapids: Baker Book House, 1979 [1930].
  27. Citado em “Origins of the Evangelical Theological College”, de Hannah, p. 199-200.
  28. Citado em Ibid., p. 200.
  29. Citado em Ibid., p. 346.
  30. Citado em Ibid., p. 346, f. n. 323.
  31. Ibid., pp. 357-8.
  32. Ibid., p. 364.
  33. Veja em The Work of Christ Consummated in 7 Dispensations, de J. R. Graves, Memphis: Baptist Book House, 1883.
  34. Kraus, Dispensationalism, p. 61
  35. Weber, “Premillennialism”, p. 15.
  36. John H. Gerstner, Wrongly Dividing the Word of Truth: A Critique of Dispensationalism, Brentwood, TN: Wolgemuth & Hyatt Publishers, 1991.
  37. Ibid., p. 106.
  38. Ibid.
  39. Ibid., pp. 105-47.
Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center (Centro de Pesquisas Pré-Tribulacionistas) e professor de Teologia na Liberty University. Ele é Th.M. pelo Seminário Teológico de Dallas e Ph.D. pelo Seminário Teológico Tyndale. Editor da Bíblia de Estudo Profética e autor de aproximadamente 30 livros, Thomas Ice é também um renomado conferencista. Ele e sua esposa Janice vivem com os três filhos em Lynchburg, Virginia (EUA).

Extraído do livro Entendendo o Dispensacionalismo

Quem tem uma perspectiva divina do passado, do presente e do futuro é capaz de saber o que Deus espera dele em todos os aspectos da vida. Compre aqui »

Fonte: http://www.chamada.com.br/mensagens/calvinismo_dispensacionalismo.html

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CURSO DE CAPELANIA NO CEFORTE/CASCADURA.


CAPELANIA
< VOLTAR
OBJETIVO: Promover o aperfeiçoamento de pastores, afim de que seus ministérios estejam canalizados para áreas de capelania, de acordo com seu chamado.

DURAÇÃO: 
Serão 7 semanas; em aulas semanais. A formatura será no 8º sabado.
O início será no dia 05/10/2013 e o encerramento, no dia 23 de novembro de 2013

LOCAL: 
No auditório do CEFORTE - Cascadura

AVALIAÇÃO: 
Em sala de aula; pelo interesse e participação de cada aluno

CERTIFICAÇÃO: 
Se dará mediante a presença e participação em todas as aulas

TAXA: 
A taxa será de R$ 350,00, podendo ser paga em 3 parcelas para quem se inscrever até o dia 20/09; sendo uma de R$100,00, para até esse dia; mais uma de R$ 125,00 para 20/10 e, a última, para 20/11. Após 20/09, o parcelamento será em 2 vezes para quem se inscrever até o início das aulas. Sendo uma para o dia da inscrição e a outra para 30 dias após; em cheque.
A inscrição dará ao aluno o direito a uma apostila do curso; um certificado de boa qualidade, mais um bóton .

MINISTRANTES:
DR. NOVOA LILIAN SÁ CAPITÃO DANIEL CARLOS GUIMARÃES DR. MAURÍCIO PRICE

Advogado; Capelão Empresarial; Membro da Brigada Voluntária Brasileira; Membro do Conselho da OMEB; dentre outros.



Deputada federal Membro da 1ª IPB/RJ; dentre outros, autora do projeto de lei que reconhece a Ordem dos Capelães do Brasil



Capelão do Cmdo GUEs/9a Bda Inf Mtz - RJ – Exército Brasileiro



Bel. em Direito; Bel em Teologia; Escola de Oficiais da PMERJ



Oficial Superior Médico da Marinha do Brasil; Bel. em Teologia e Mestre em Ministérios Globais; Coordenador do Movimento Evangélico Universitário da UERJ; dentre outros


IGREJA METODISTA WESLEYANA - 6ª REGIÃO
Comissão Regional de Planejamento

Todos os direitos Reservados 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Conferência Teológica no Ceforte/Cascadura.



Esse evento vai ser marcante na história da 6 Região. Grandes homens de Deus e excelentes teólogos!! Você é nosso convidado!!!!

O Novo Evangelicalismo.

O Novo Evangelicalismo

Paul Smith, irmão do pastor Chuck Smith, da conhecida igreja Calvary Chapel [Capela do Calvário], escreveu um novo e importante livro: New Evangelicalism: The New World Order (Novo Evangelicalismo: A Nova Ordem Mundial).[1] Nesse livro, Smith identifica os ardis que ameaçam destruir a eficiência da crença na Bíblia, na pregação do Evangelho, nas igrejas que ensinam a Bíblia, como aquelas do próprio grupo da Calvary Chapel. O livro traça as raízes dos perigos dos últimos duzentos anos que estão à espreita no horizonte e ameaçam as igrejas bíblicas nos dias atuais, demonstrando como tantos evangélicos já tomaram de seu veneno.
Smith não expõe apenas o problema, que é o abandono da inerrância das Escrituras, mas mostra também qual é a solução e como ela pode reavivar nossas igrejas evangélicas.

Origens do Problema

Peter Drucker, o guru da administração, é identificado como o personagem-chave que influenciou o surgimento do movimento do crescimento de igrejas no Seminário Fuller, que levou a tantas influências contrárias ao Evangelho dentro do evangelicalismo. Smith demonstra historicamente que a filosofia existencial de Soren Kierkegaard influenciou Drucker, levando-o à sua teoria pragmática e abordagem comunitária e ao papel da igreja em sua comunidade ideal. Karl Barth, o famoso teólogo suíço neo-ortodoxo, também sorveu profundamente das idéias de Kierkegaard, e, por sua vez, cativou Daniel Fuller, o filho de Charles Fuller, que fundou o Seminário Fuller em 1947.
Embora o Seminário Fuller, em Pasadena, no estado da Califórnia, Estados Unidos, tenha começado bem, lá pelos anos 1960 tinha abandonado a inerrância e começado sua descida pela ladeira escorregadia rumo ao liberalismo moderno. Smith observa que Harold Lindsell, antigo membro do corpo docente do Fuller, documentou o abandono da inerrância em seu famoso livro The Battle for the Bible (A Batalha Pela Bíblia), em 1976.[2] Smith fornece detalhes muito mais abrangentes dos acontecimentos de bastidores nos âmbitos filosófico e histórico, que levaram à rápida queda teológica do Seminário Fuller. Eles estabelecem o cenário para os motivos porque aquela escola tem estado no epicentro de muitas das influências que contaminaram o evangelicalismo nas últimas três décadas.
Peter Drucker, o guru da administração, é identificado como o personagem-chave que influenciou o surgimento do movimento do crescimento de igrejas no Seminário Fuller, que levou a tantas influências contrárias ao Evangelho dentro do evangelicalismo.
No cerne do livro de Smith está sua crença, com a qual concordo, na noção de que o rebaixamento bíblico, ou seja, a apostasia, começa com um afastamento da crença na doutrina da inerrância [da Bíblia]. Isso geralmente acontece dentro das instituições acadêmicas, que supostamente existem para treinar a próxima geração de líderes que darão apoio à igreja. Em vez disso, essas instituições destroem a confiança na Palavra de Deus, que a próxima geração de líderes necessitará para nutrir e fazer expandir a igreja.
O livro tem um excelente capítulo denominado “How Historical Drift Happens” [Como Acontece a Deriva Histórica]. Nesse capítulo, Smith explica como a maneira de pensar do mundo passa a dominar a igreja. Basicamente, isso começa com a negação da inerrância, o que significa que há uma perda de confiança na Palavra de Deus como a autoridade máxima para o homem. Assim, uma dada igreja fica aberta aos pensamentos dos homens como se estes tivessem a mesma autoridade da Bíblia. O próximo passo é trazer coisas como a sociologia, o marketing e a psicologia para dentro da igreja para fornecer uma base à filosofia de ministério, que é o que tem sido feito pelo Movimento de Crescimento da Igreja.
Um testemunho surpreendente sobre o declínio do Fuller é fornecido por Smith – o relato do então aluno Wayne Grudem, em 1971, que hoje é um conhecido teólogo evangélico:
Enquanto eu ainda estava fazendo curso de graduação na Universidade Harvard, ouvi advertências de que o Seminário Fuller estava comprometendo seriamente a verdade da Palavra de Deus. Embora essas advertências viessem de fontes respeitáveis como Francis Schaeffer, John Montgomery e da Christianity Today [Cristianismo Hoje], não acreditei nelas. Agora acredito!
Nenhum dos meus cursos [no Fuller] reforçou minha confiança na Bíblia. Ainda mais desoladora é a estreiteza mental: não tive nenhum professor que ensinasse a inerrância bíblica, nem mesmo como uma opção possível. Os alunos com quem converso não possuem nenhum conhecimento das grandiosas defesas da inerrância feitas recentemente por homens como E. J. Young, Ned Stonehouse, e Cornelius Van Til.
Estou preocupado com o Seminário Fuller, mas não tenho nenhuma proposta de solução. As cartas estão todas lançadas na direção de maiores concessões e comprometimentos. Os docentes parecem pensar que detêm a única solução possível; os que pensavam de forma diferente foram embora da escola. Mas, quanto a mim, quero um seminário que faça de mim um ministro da Palavra de Deus, não um crítico. Não tenho escolha, senão ir embora.[3]

O Movimento de Crescimento da Igreja

Nos anos 1960, Daniel Fuller, filho do fundador, voltou da Suíça onde havia estudado na Universidade de Basiléia e onde aderira à teologia liberal de Karl Barth. Fuller trouxe aquela mentalidade para o Seminário de seu pai, o que apressou o declínio da instituição. A data na qual o Seminário Fuller abandonou oficialmente a inerrância é identificada como dezembro de 1962.[4] A degradação do Seminário Fuller e seu baixo conceito sobre a Bíblia foram fatores que levaram seus líderes a fundarem a Escola de Crescimento da Igreja, que empregava princípios pragmáticos e freqüentemente humanistas.
Em 1971, C. Peter Wagner tornou-se professor de Crescimento da Igreja no Fuller. A ênfase nas ciências sociais, não na Bíblia, era o enfoque de Wagner e de outros influenciados pela “ciência” do crescimento da igreja. “A maneira de muitos pastores fazerem suas igrejas crescer foi o uso de programas sociais”,[5] observa Smith. Wagner associou-se a John Wimber para ministrar as aulas de Sinais e Maravilhas místicos, que se tornaram muito populares entre os alunos do Fuller. Rick Warren, da Igreja Saddleback, em Orange County, Califórnia, obteve seu grau de Doutor em Ministérios na Escola do Crescimento da Igreja e foi profundamente influenciado por seu pensamento. Combinado com [as idéias de] seu mentor, o sociólogo incrédulo Peter Drucker, e as últimas do Fuller, Warren foi adiante e se tornou o pastor mais influente da América.

Um Casamento Profano

A partir do Movimento de Crescimento da Igreja dos últimos quarenta anos, surgiu o próximo empurrão pela ladeira escorregadia, para longe da ortodoxia, chamado Movimento das Igrejas Emergentes.
“Rick Warren atribui o espetacular crescimento numérico de sua Igreja Saddleback a seu modelo Com Propósitos, uma estratégia organizacional e de marketing inspirada principalmente em Peter Drucker”,[6] diz Smith. O modelo de Warren para crescimento da igreja é baseado na visão de Drucker sobre a construção de uma comunidade social e não tem nada a ver com o Evangelho. Embora Warren use a Bíblia, sua filosofia de ministério não é retirada da Bíblia, mas derivada de teorias sociais humanísticas, como ele mesmo admite. Isso explica por que Warren está engajado em um esforço global para promover o socialismo em vez de um esforço global para pregar o Evangelho.
A partir do Movimento de Crescimento da Igreja dos últimos quarenta anos, surgiu o próximo empurrão pela ladeira escorregadia, para longe da ortodoxia, chamado Movimento das Igrejas Emergentes.
Warren e outros apoiaram esse movimento. No entanto, Paul Smith observa que seu irmão rejeita totalmente o movimento e já divulgou um manifesto da Calvary Chapel contra essa ameaça ao cristianismo bíblico. Chuck Smith é um crítico do Movimento Emergente e lista algumas de suas objeções:
(1) Que Jesus não é o único caminho através do qual os homens são salvos (...); (2) O pouco caso dado ao inferno (...); (3) Temos dificuldade com a maneira cheia de sentimentalismos com que eles se relacionam com Deus (...); (4) Temos problemas com o uso de ícones para dar-lhes um sentido de Deus ou da presença de Deus (...); (5) Não acreditamos que se deva buscar fazer com que os pecadores se sintam seguros e confortáveis na igreja (...); (6) Será que deveríamos tolerar o que Deus condenou, como, por exemplo, o estilo de vida homossexual? (...); (7) Será que deveríamos buscar nas religiões orientais suas práticas de meditação através da yoga? (...); (8) Eles desafiam a autoridade final das Escrituras (...).
O pastor Chuck termina sua carta com o seguinte comentário: “Há os que dizem que o Movimento Emergente tem alguns pontos positivos, mas o porco-espinho também os tem. É melhor não chegar muito perto!”.[7]

Conclusão

Paul Smith acredita que a ladeira escorregadia na qual tantos evangélicos se encontram está estabelecendo o palco para o globalismo e a Nova Ordem Mundial, que introduzirá o Anticristo logo que a Igreja verdadeira tiver deixado o planeta Terra por meio do Arrebatamento. Não há nenhuma dúvida em minha mente de que Smith está coberto de razão. A forma final da apostasia dentro da igreja falsa será alguma forma de misticismo, que é exatamente para onde a igreja evangélica está rumando firmemente. Tudo parece estar caminhando em direção ao globalismo – nos âmbitos social, econômico, político e religioso.
Smith observa que até mesmo Rick Warren promove um plano global, denominado PEACE [PAZ]. O plano é: Promover a Reconciliação; Equipar Líderes Servos; Dar Assistência aos Pobres; Cuidar dos Enfermos; e Educar a Próxima Geração.[8] Há dois verbos que começam com a letra E no plano PEACE de Warren, mas nenhum deles significa “evangelizar” porque o Evangelho está totalmente fora desse plano.
Em seu livro, Smith não apenas ataca as trevas; em todo o seu texto ele diz aos crentes o que devemos crer e fazer em contraste com o Novo Evangelicalismo. Smith observa como o movimento do qual ele fez parte por mais de quarenta anos – as igrejas da Calvary Chapel – foi edificado, não nos princípios do crescimento da igreja nem no planejamento de homens, mas com base na simples pregação e no ensino da Palavra de Deus e de Seu Evangelho, confiando no Espírito Santo para imprimir aquela Palavra ao coração dos homens, fossem eles crentes ou incrédulos. Quando a Palavra de Deus é proclamada, afirma Smith, o Senhor edifica Sua Igreja.
Francamente, o impacto global do movimento da Calvary Chapel pela causa de Cristo (com milhares de igrejas implantadas em todo o mundo) é provavelmente maior que qualquer outra denominação ou movimento de que eu tenha notícia. Este não foi o produto de planejamento humano, mas o resultado da pregação da Palavra inerrante de Deus, confiando que o Espírito Santo abre o coração das pessoas. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Paul Smith, New Evangelicalism: The New World Order [Novo Evangelicalismo: A Nova Ordem Mundial] (Costa Mesa, CA: Calvary, Chapel Publishing, 2011), 215 páginas.
  2. Harold Lindsell, The Battle for the Bible [A Batalha Pela Bíblia] (Grand Rapids: Zondervan, 1976). O livro seguinte de Lindsell, que deu continuidade a esse, foi The Bible in the Balance [A Bíblia no Equilíbrio] (Grand Rapids: Zondervan, 1979).
  3. Wayne Grudem, citado em Billy Graham Center Archives [Centro de Arquivos de Billy Graham], Wheaton, IL. Harold Lindsell Collection 192, Folder 6-20ss, Item 3, em Smith, New Evangelicalism, p. 74.
  4. Smith, New Evangelicalism, p. 95.
  5. Smith, New Evangelicalism, p. 108.
  6. Smith, New Evangelicalism, p. 126.
  7. Smith, New Evangelicalism, pp. 140–41.
  8. Smith, New Evangelicalism, p. 166–67.
Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center (Centro de Pesquisas Pré-Tribulacionistas) e professor de Teologia na Liberty University. Ele é Th.M. pelo Seminário Teológico de Dallas e Ph.D. pelo Seminário Teológico Tyndale. Editor da Bíblia de Estudo Profética e autor de aproximadamente 30 livros, Thomas Ice é também um renomado conferencista. Ele e sua esposa Janice vivem com os três filhos em Lynchburg, Virginia (EUA).

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, agosto de 2011.

Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos mundiais e muito mais. Veja como a Bíblia descreveu no passado o mundo em que vivemos hoje, e o de amanhã também. Assine aqui »

Fonte: http://www.chamada.com.br/mensagens/novo_evangelicalismo.html

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Seminário Filhos do seu amor em Setembro.


Contatos: josesando2@hotmail.com
21-2471-2408
Gabriel Nunes.
Cel: (21) 82189862 - TIM
Email: Apontadoria.cg@nacvw.com.br

Palestra sobre a Carta de Paulo aos Efésios.



Palestra Carta de Paulo aos Efésios
Cartas de Paulo - Livro: Conheça a Bíblia

Amplie seus conhecimentos
bíblicos na Paulinas

Venha estudar a Carta de Paulo aos Efésios, ressaltando Cristo como a pedra angular da Igreja e revestindo-se dele para a conversão, transformação e missão.

Assessoria: Frei Isidoro Mazzarolo, biblista, escritor, professor de Exegese Bíblica na PUC-Rio e no Instituto Teológico Franciscano (Petrópolis) e membro da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica.
Público-alvo: Estudantes de Teologia, agentes de pastoral, catequistas, animadores de comunidade, movimentos da Igreja e interessados.
Data:

08 de agosto (quinta-feira)



Horário:
 
das 13h30 às 17h
Gratuito!
Informações:
(21) 2232-5486

rjpromov@paulinas.com.br

Local: Paulinas Livraria
Rua 7 de Setembro, 81 A - centro - Rio de Janeiro-RJ
Participe de nossas redes sociais: