Lc. 6:48: "É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha."
Em uma sociedade em que verificamos que as construções dos homens são feitas com bases nos alicerces humanos e que essas construções não resistem as intempéries do tempo, Jesus conclama à que os seus discípulos façam suas construções sobre a Rocha!
Por mais cuidadoso que seja a pessoa, suas construções, não resistirão as mudanças climáticas, aos ventos, ao sol, a chuva e as tempestades a vida. Daí, precisamos atentar para as recomendações dadas por aquele que quer construir uma história de bençãos e de alegria nas nossas vidas. Observemos:
1. Cavar bem fundo: aqueles que pretendiam construir uma casa sólida, deveriam remover toda a terra até que chegassem a rocha e isso exigia que o indivíduo se ajoelhasse para cavar e se quisesse chegar a rocha, precisava descer até o fundo! No Reino de Deus é descendo que se cresce, ou seja, "os humilhados serão exaltados." Uma vida feliz é alcançada quando, inicialmente, reconhecemos que em nós não temos nada que venhamos nos exaltar e reconhecermos que Tudo vem de Deus.
2. Ir bem fundo: é importante não se deixar enganar, pois quando estamos cavando, encontramos terra petrificada que parece rocha, mas é barro e com isso, se fizermos nossa construção nessas bases, com o tempo, as pressões da vida farão com que tudo se desmorone. É preciso ir até a Rocha e não se acomodar com as aparências!
3. Construindo sobre a Rocha: Não podemos nos enganar, uma construção só resiste as agruras da vida, quando está alicerçada na "Pedra Angular" que é Cristo e também Ele é a Rocha que sustenta toda a nossa vida. A sociedade e a história está repleta de exemplos de casos de pessoas que procuraram construir suas vida em cima de bases humanas e hoje são apenas monturos, pois todo esforço humano não perdurará muito tempo, mas a obra realizada e construída sobre as bases da Palavra de Deus perdurarão para a eternidade.
Sobre o que você construirá a sua vida???????????
segunda-feira, 22 de julho de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
A ADORAÇÃO VERDADEIRA CONFORME DANIEL.
A interpretação de Daniel sobre a estátua de Nabucodonosor, seus três amigos na fornalha ardente, ele mesmo na cova dos leões ou Belsazar e o “Mene tequel” na parede. Quem não conhece essas histórias? Mas o mais notável em Daniel era a sua vida de oração...
Daniel tinha uma vida de oração ativa que o impulsionou durante toda a existência e ele não a abandonou. Ele começou quando ainda era adolescente, e não fraquejou nem mesmo quando já estava em idade avançada. No fim das contas, Daniel marcou a história porque orava.
Um jovem e sua adoração verdadeira a Deus
No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, o rei teve o sonho da grande estátua (Dn 2.1). Ninguém conseguiu explicá-lo, de forma que ele decidiu matar todos os magos e feiticeiros. Como o primeiro ano do reinado não era contado, o segundo ano de Nabucodonosor correspondia ao terceiro ano da permanência de Daniel na Babilônia e, portanto, ao fim de seu período de estudos de três anos (Dn 1.5). Daniel chegou à Babilônia (Dn 1.1) no ano 605 a.C. Ele ainda era muito jovem, talvez até mesmo um adolescente. Daniel viveu o exílio babilônico até a queda da Babilônia diante dos persas (539 a.C.). Ou seja, Daniel viveu lá durante cerca de 70 anos. Já nos primeiros tempos, Daniel se mostrou um intercessor eficaz (Dn 2.16-19).Todos os magos e feiticeiros estavam “desesperados” de medo (Dn 2.10-11), mas Daniel recolheu-se calma e tranquilamente em sua casa. Uma vida de oração é interação com Deus e por isso dá segurança em meio à insegurança.
Daniel contou sua preocupação aos seus fiéis e confiáveis amigos (Dn 2.17-18), porque sabia do poder da oração conjunta. Nós também deveríamos ter a coragem de compartilhar mais os nossos motivos de oração com nossos irmãos no Senhor. Muitas vezes, porém, envergonhamo-nos deles, ficamos sem graça. Algumas pessoas preferem orar sozinhas a compartilhar seus assuntos com pessoas de confiança. Mas a Bíblia e a História estão cheias de exemplos de comunhões de oração e da conseqüente ação poderosa de Deus.
Daniel e seus amigos oraram juntos pedindo revelação e proteção. A comunhão de oração é uma força como a fissão nuclear; ela tem uma promessa no Novo Testamento: “Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Por isso, depois da comunhão de oração, o texto relata: “Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (Dn 2.19).
Adoração verdadeira é oração com gratidão
Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer.
Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por
algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer. Com Daniel era
bem diferente. Antes de correr ao rei e lhe apresentar a revelação, ele
primeiro agradeceu ao Senhor. Ele não deixou o louvor para mais
tarde. Na vida de Daniel, Deus sempre estava em primeiro lugar e
somente depois vinha o rei babilônico.“Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu... Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para exterminar os sábios da Babilônia; entrou e lhe disse: Não mates os sábios da Babilônia; introduze-me na presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação” (Dn 2.19,24).
Adoração verdadeira é oração regular
Daniel não permitia que nada atrapalhasse a regularidade de seu tempo de oração. Em Daniel 6 lemos que os altos funcionários inimigos dos judeus tentaram preparar uma armadilha para Daniel e impedi-lo de orar (v.7). Nós também precisamos ter consciência de que o inimigo de Deus fará de tudo para nos afastar da oração. Mas Daniel reagiu a isso com mais oração: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (v. 10).O que esse versículo nos mostra sobre Daniel?
- Ele não se deixou demover da oração (persistência).
- Ele orava tanto em comunhão quanto sozinho.
- Ele tinha um local fixo para orar, no quarto superior da sua casa (veja Dn 2.17).
- Ele tinha janelas abertas (direcionamento constante, comunhão ininterrupta).
- Ele tinha uma direção para sua oração (Jerusalém, onde estava o altar; uma indicação para Jesus).
- Ele orava regularmente, três vezes ao dia, como sempre havia feito.
- E ele não descuidava do agradecimento.
Adoração verdadeira parte da Palavra
Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar.
“No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o Senhor
ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém,
era de setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com
oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor,
meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que
guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os
teus mandamentos” (Dn 9.2-4).Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar. Quando compreendeu o que eram os setenta anos de cativeiro de que Jeremias tinha falado, começou imediatamente a orar. Com isso, ele mesmo foi profundamente afetado. A oração de Daniel revela seu coração.
- Ele reagiu imediatamente (sem tardar).
- Ele não procurou homens (Dario ou Ciro), mas seu Deus onipotente.
- Ele suplicava – nisto vemos sua seriedade e persistência.
- Ele jejuava em pano de saco e cinzas, portanto havia arrependimento. Ele não se considerava importante demais para arrepender-se.
- Ele orava a um Deus pessoal. Tinha um relacionamento pessoal com Ele.
- Ele orava com grande reverência.
- E ele orava com confiança, com esperança na graça e bondade do Senhor.
Adoração verdadeira é poderosa
Certa vez Daniel recebeu uma revelação sobre a Grande Tribulação (Dn 10.1). Ele entendeu a palavra, o que o levou novamente à oração: “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras” (v.2-3). Podemos orar a respeito de coisas que entendemos e a respeito de coisas que não entendemos.Depois de ter orado e jejuado tão intensamente, Daniel recebeu a visita de um anjo: “Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim” (v.10-12).
Isto não é tremendo?
- Daniel era um homem muito amado de Deus. Esta afirmação aparece três vezes no livro de Daniel (Dn 9.23; Dn 10.11,19).
- Ele recebeu a garantia de que foi ouvido desde o primeiro dia, apesar de a resposta só ter chegado três semanas depois (v.1; cf. Dn 9.23).
- Este anjo foi especialmente enviado por causa da oração de Daniel.
Adoração verdadeira é para toda a vida
Os céus foram movidos porque alguém foi movido pelo céu a orar. O
que não poderia acontecer se formos realmente pessoas de oração?
“No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma
palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e
envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência
da visão” (Dn 10.1).No terceiro ano do rei Ciro, Daniel já vivia há 70 anos na Babilônia. Provavelmente sua vida de oração começou quando ele ainda era um adolescente, e agora, com mais de 80 anos, ela ainda não diminuíra. Daniel continuava a orar intensamente.
Que o Senhor conceda e que nós desejemos ser pessoas de oração hoje, amanhã e também quando estivermos em idade avançada. Ainda mais por vivermos em uma época na qual as profecias de Daniel sobre o final dos tempos começam a se cumprir! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
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Norbert
Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens
têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou
em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos
trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação
da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou
à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor
de vários livros publicados em alemão, português e espanhol. Fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/adoracao_verdadeira.html |
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Continuando firme na caminhada.
"Saulo, porém, se fortificava cada vez mais..." Atos 9:22
O capítulo 9 do livro de Atos dos Apóstolos mostra como se deu a "conversão" deste homem que, embora religioso, praticante da Lei Mosaica e obediente aos preceitos judaicos, não conhecia e nem tinha intimidade com Deus. A religiosidade não salva e nem melhora ninguém, mas sim a intimidade com o verdadeiro Deus! Mas não basta apenas ter uma visão mística para se ter uma verdadeira vida cristã, é preciso crescer e se fortalecer no Senhor, como aconteceu com Paulo. No decorrer da nossa vida cristã, somos tentados a nos acomodarmos ou mesmo em permanecermos como éramos antes, pois vários são os inimigos que tentarão nos seduzir:
1. O passado: Paulo precisou lutar para não voltar ao seu passado, ao que ele tinha e o que ele era. No judaísmo, ele era importante e amirado pelo mundo, no cristianismo, ele é perseguido como ele um dia perseguiu os cristãos. Ele precisava viver a vida com Cristo, não viver a vida anterior. Como é difícil enfrentar esses inimigos, mas em Cristo, nós somos mais que vencedores!
2. O presente: o seu presente não era em nada semelhante aos ias anteriores, pois agora, ele não tem a exaltação, a riqueza e a posição de antes, ao contrário, agora ele é perseguido por amor a Cristo, mas nada disso é capaz de impedi-lo de continuar, pois ele trazia consigo as "Marcas de Cristo"! Nada pode substituir a alegria de sermos discípulos de Jesus Cristo, por mais difícil que seja a sua vida, lembre-se de que Cristo anda conosco!
3. Futuro: o seu futuro parecia incerto, pois aonde iria levar as perseguições que agora ele sofria... no entanto, ele estava cônscio em quem ele havia encontrado no caminho para Damasco e sabia que Ele estava assentado no trono que está acima de todos os tronos e por isso ele podia descansar na certeza de que a vitória era apenas uma questão tempo, pois, "Posso todas as coisas naquele que me fortalece..." Lembre-se sempre: por mais difícil que seja a sua vida atual, há um Senhor junto contigo e que irá te conduzir por toda a sua vida e te conduzirá à linha de chegada.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Jesus é o caminho!
João 14:6
"Eu sou o caminho..."
Chegamos ao momento das despedidas de Jesus dos seus discípulos, a partir de agora até a sua crucificação, Ele restringe seus ensinos ao grupo particular dos seus discípulos, procurando lhes dar diretrizes que pudessem fazê-los crescer, pois este é uma das diretrizes para o discipulado: O CRESCIMENTO! Dentre essas diretrizes, Jesus fala aos seus discípulos que Ele é o caminho. Enquanto Roma alegava que os seus caminhos ( suas estradas construídas com a finalidade de locomover com rapidez e eficiência suas tropas até aos povos que ela pretendia conquistar) iniciadas com César Augusto alegando que levaria a "paz augustuana" e isso por meio de suas guerras, prosseguidas pelos imperadores posteriores, esses caminhos foram trilhados por homens e mulheres que estavam no verdadeiro caminho que é Cristo. Paulo, o grande evangelista utilizou essas estradas romanas para divulgar e propagar o nome de Cristo! É importante que sempre estejamos nesse caminho, pois diferente das estradas romanas que hoje são restos arqueológicos, ESSE CAMINHO continua atual e novo a cada dia. Mas do que andar, precisamos caminhar por esse caminho e continuar a propagar esse caminho nas nossas vidas.
Por que Caminho? Imagine viver num mundo sem caminhos, ruas ou estradas? As pessoas ficariam distanciadas e não viveriam em comunhão, pois o caminho nos liga e nos aproxima das pessoas. É impossível caminhar com Cristo e estar distanciado das pessoas, o caminho sempre nos leva a alguém e traz as pessoas até nós. Você está ligado ou distanciado das pessoas?
As estradas sempre trazem consigo o desenvolvimento às populações que estão ao seu redor. Roma pretendia fortalecer e desenvolver com o seu progresso as terras dominadas pelos seus soldados e estabelecia nessas terras os seus soldados aposentados para viverem aí, fazendo com isso que o progresso romano também fosse experimentado nessas localidades. Quando caminhamos com Cristo, o crescimento espiritual e físico é uma consequência natural nas nossas vidas. Com Cristo, o crescimento é uma consequência natural desse caminho.
E também, não é fácil construir caminhos/estradas, pois é necessário atentar para a topografia do local, além das condições do solo e a estrada precisa obedecer aos padrões técnicos, pois caso contrário, elas se desfarão. Os caminhos construídos pelos homens em algum momento se deteriorarão, mas o caminho construído por Deus perdurará para a eternidade!
Deixe Cristo ser o construtor do seu caminho e da sua vida, pois assim você vivenciará a verdadeira felicidade.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Próximas atividades da Sexta Região!
Paz nobres colegas, solicito atenção aos próximos eventos da Sexta Região:
1. Matrículas para o CEFORTE;
http://pastorjosesandoval.blogspot.com.br/2013/07/matriculas-para-o-ceforte.html
2. Congresso de Intercessão:
3. Encontro de Mulheres:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=OSDq51FJGIs
4. Conferência teológica:
5. Convenção de Jovens:
6. Congresso de Pré Adolescentes:
1. Matrículas para o CEFORTE;
http://pastorjosesandoval.blogspot.com.br/2013/07/matriculas-para-o-ceforte.html
2. Congresso de Intercessão:
3. Encontro de Mulheres:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=OSDq51FJGIs
4. Conferência teológica:
5. Convenção de Jovens:
6. Congresso de Pré Adolescentes:
Em Cristo,
JOSÉ SANDOVAL BEZERRA
Secretário Regional de Educação Cristã.
CONTATOS:
21-3488-6763
21-9160-5574.
Twitter: josesando2
http://pastorjosesandoval.blogspot.com.br/
quinta-feira, 4 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de julho de 2013
A BENÇÃO DOS BONS HÁBITOS.
“E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e
os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes
disse: Orai, para que não entreis em tentação. Ele,
por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos,
orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não
se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.39-42).
Em uma época na qual o valor da disciplina espiritual não está em
alta entre os cristãos, pode ser encorajador e útil pensar sobre o que a
Bíblia e também o exemplo de Jesus nos têm a dizer sobre isso.
É interessante que exista uma mudança de pensamento na atualidade,
acima de tudo na pedagogia. Não poucos educadores e professores, por
necessidade, fazem a si mesmos a pergunta se os métodos das últimas
décadas de lecionar e educar de forma bem-sucedida, com o mínimo de
pressão e exigências, realmente se mostraram confiáveis.
O fato é que as crianças e os jovens de gerações passadas não
apenas aprenderam muito mais em um espaço de tempo menor, mas, no
geral, também eram mais ativos e alegres do que nossos atuais jovens,
do tipo “Tô nem aí!”.
Em 2006, foi lançado o livro “Elogio à disciplina – uma polêmica”,
do conhecido pedagogo e teólogo Bernhard Bueb. O livro encontrou grande
atenção, aprovação e aceitação, mas também rejeição. Isso é um indício
de que está ocorrendo uma mudança de pensamento. Ultimamente, também
na política está sendo dada mais ênfase na importância da moral, de
valores e de virtudes cristãs.
Tanto mais surpreendente é o fato de que, no meio evangélico,
percebe-se uma tendência contrária. Pregadores e autores conhecidos e
influentes não se cansam de enfatizar que é inútil ou até mesmo
prejudicial ler a Bíblia ou orar quando não se tem o desejo de fazê-lo.
Alguns testemunhos, em certas revistas e livros evangélicos, parecem
dar a impressão de que quase todas as doenças e aberrações
intelectuais ou espirituais remetem ao fato de que os autores, quando
crianças, foram submetidas à suposta pressão nociva de uma educação ou
de um ambiente cristão conseqüente.
Não poucos educadores e professores fazem a si mesmos a pergunta se
os métodos das últimas décadas de lecionar e educar de forma
bem-sucedida, com o mínimo de pressão e exigências, realmente se
mostraram confiáveis.
Ora, é indiscutível que uma educação aplicada pelos pais que seja
severa, sem afeto e marcada por legalismo, na qual eles mesmos não
vivem o que pedem de seus filhos, pode causar danos devastadores.
Também existem muitas provas disso.
Alguns dos conhecidos ateus, nihilistas e que têm ódio de
Deus vêm de lares devotos. O que viram e escutaram ali foi tão
repulsivo e hipócrita que eles – enojados disso – juraram a si mesmos
que não queriam ter mais nada a ver com a Bíblia e com o cristianismo.
Lenin, por exemplo, tinha 15 anos quando seu pai – membro devoto da
igreja ortodoxa russa – recebeu a visita de um clérigo. Como
freqüentador assíduo dos cultos, a atitude de seu filho o afligia, pois
este não queria mais freqüentar os cultos com regularidade. Quando seu
pai pediu conselho ao clérigo, este respondeu: “Surrá-lo, deveriam
surrá-lo!”
Ambos não imaginavam que o filho estava no quarto ao lado, ouvia com
atenção atrás da porta e escutava estes “conselhos”. Cheio de
indignação, o jovem Wladimir Iljitsch arrancou o crucifixo que até
então carregava pendurado no pescoço. Desta religião ele estava farto.
Nunca mais ele queria escutar nada dela. A partir de então igreja e
religião eram, para ele, apenas um “meio dos governantes de oprimir as
classes inferiores”.[1]
Por outro lado, naturalmente, se espera em muitas outras áreas como,
por exemplo, esportistas e artistas, que as pessoas vivam de forma bem
disciplinada a fim de terem rendimento máximo.
Todos são compreensivos quando o técnico de futebol “carrasco”,
conhecido por sua disciplina, impõe uma multa pesada ou um treinamento
adicional a seus jogadores profissionais quando eles não comparecem
pontualmente ao treinamento ou quando são desrespeitosos.
Torcedores fanáticos – muitas vezes eles mesmos acima do peso –
reivindicam ruidosamente que seus astros dêem tudo de si no gramado a
fim de pelo menos obterem uma vitória para seu time: “Queremos ver
vocês suando!”
Quando, porém, um dos jogadores fica acima do peso, seja qual for o
motivo, ele precisa aprender a conviver com apelidos depreciativos.
Disciplina e vencer a preguiça reiteradamente, assim, fazem parte da virtude de um esportista.
Quando jovens talentosos treinam diariamente algumas horas no piano
ou machucam seus dedos em um instrumento de cordas, admiramos sua
energia e os encorajamos a cobrarem bastante de si mesmos.
Quase ninguém se irrita quando pessoas atenciosas com sua saúde
visitam semanalmente uma academia a fim de, no suor de seu rosto,
perderem alguns quilos desnecessários e sacrificam tanto dinheiro
quanto tempo para terem uma boa aparência, ao menos na frente do
espelho.
Disciplina e vencer a preguiça reiteradamente fazem parte da virtude de um esportista.
No entanto, quando alguém se atreve, de forma apaixonada, a tomar
posição em favor da disciplina espiritual entre cristãos convertidos e
encorajar as pessoas a aceitarem normas neotestamentárias para o
discipulado como “padrão a ser seguido”, essa pessoa tem que contar com
as impetuosas acusações de que está exercendo pressão prejudicial e
favorecendo “neuroses” religiosas ou eclesiásticas.
O que podemos aprender da Bíblia e do exemplo de nosso Senhor nessa questão discutível, mas importante?
1. Nosso Senhor tinha hábitos constantes!
O fato de que justamente o evangelista Lucas demonstra certos
hábitos da vida de Jesus, foi para mim uma descoberta interessante:
Primeiramente, lemos em Lucas 2.42 que os pais de Jesus, “segundo o costume da festa”, viajavam para Jerusalém todos os anos a fim de festejar o Pessach
(“Páscoa” em hebraico, n.trad.). Jesus, com seus doze anos,
evidentemente participava disso. Ele cresceu em um lar no qual
ordenanças bíblicas conduziam a bons hábitos e, finalmente, se tornavam
uma boa tradição familiar.
Dois capítulos adiante, lemos que Jesus, com 30 anos de idade, chegou em Sua cidade Nazaré e “entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume” (Lc 4.16).
Como homem adulto, Ele considerava ser natural ir aos sábados para a
sinagoga a fim de escutar a Palavra de Deus. Seus pais Lhe deram
exemplo disso e, em sua juventude, Jesus praticou isso como um bom
hábito.
Mais adiante, é relatado em Lucas 22.39 que ele foi, “como de costume, para o Monte das Oliveiras”.
Muitas vezes Jesus procurava este local familiar a fim de passar a
noite ali (veja Lc 21.37; Jo 8.1), se reunir com seus discípulos e para
orar (Lc 22.41).
Resumindo, constatamos o seguinte:
- Participar da festa da Pessach,
- Ir semanalmente à sinagoga,
- Ir com regularidade ao Monte das Oliveiras a fim de orar...
...eram hábitos incontestáveis na vida de nosso Senhor, os quais Ele praticava como qualquer israelita temente a Deus.
Jesus sabia que o traidor Judas e os soldados, com os servos dos
principais sacerdotes, já estavam a caminho para prendê-lO no jardim do
Getsêmani. Judas estava bem familiarizado com este lugar (Jo 18.2)!
Mas isso não impediu nosso Senhor de, como de costume, procurar este
local.
2. O discipulado é inconcebível sem disciplina.
Nosso Senhor não precisava de disciplina ou regulamentações como
Homem perfeito, sem pecado. Mesmo assim, Ele é para nós, através de Seu
comportamento, um exemplo e um incentivo para praticar exercícios
espirituais essenciais para a vida, a fim de que se tornem pilares
incontestáveis de discipulado verdadeiro em nossa vida.
Quando descrevermos alguns exemplos de pessoas de oração da Bíblia e
da história da Igreja no próximo capítulo, queremos ter em mente as
palavras de Jonathan Edwards, escritas na introdução ao diário do
missionário entre os índios David Brainerd, cuja vida de oração
realmente foi excepcionalmente intensa:
O exemplo de Jesus Cristo é o único que já existiu, na natureza humana, totalmente perfeito; o que, portanto, é um critério para testar todos os outros exemplos. As disposições, as atitudes e as práticas de outros devem ser recomendadas e seguidas na medida que foram seguidoras de Cristo”.[2]
(Wolfgang Bühne - http://www.chamada.com.br)
Notas
- Siehe: G. Mai, Lenin – die pervertierte Moral [Lenin – A Moral Pervertida] (Berneck: Schwengeler, 1988), p.12.
- Jonathan Edwards, “A vida de David Brainerd entre os índios”. S. José dos Campos: Ed Fiel. 2ª ed. 2005, p.6.
Wolfgang Bühne – cresceu
espiritualmente na Igreja dos Irmãos. Trabalhou mais de vinte e cinco
anos entre os jovens. Envolvido intensamente no ministério da
literatura, é autor de vários livros de caráter evangelístico e
apologético. É casado, pai de sete filhos.
Extraído do livro A Oração na Vida de Jesus
Fonte: http://www.chamada.com.br/mensagens/bons_habitos.html
terça-feira, 2 de julho de 2013
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