sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

BEBÊS ESPIRITUAIS


                   
 Quando um bebê nasce, necessita ser alimentado e cuidado de uma maneira correta para que se desenvolva normalmente; e conforme é no natural, assim também no espiritual. Há quatro prioridades fundamentais para um bom desenvolvimento espiritual.
  1. Alimentar-se com a Palavra de Deus. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. (Mt. 4:4). Como um bebê recém-nascido necessita do leite materno, também um bebê espiritual necessita nutrir-se com a Palavra de Deus, porque é a única que o pode ajudar no crescimento de sua salvação. “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”. (I Pe.2:2).
  2. Manter contato permanente com Deus, por meio da oração. O proverbista diz: “O sacrifico dos perversos é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento” (Pv. 15:8). Sim, Jesus disse: “Eu sou a videira, vós, os ramos, Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo. 15:5b). Deus estabeleceu a oração como único meio para comunicarmos com Ele. A oração é tão importante que o Senhor não ensinou seus discípulos a pregar, mas sim os ensinou a orar.
  3. Dar testemunho de nossa fé. Jesus disse: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus”. (Mt. 10:32-34). Para dar testemunho de nossa fé, você não precisa ser teólogo, basta que tenha experimentado um encontro real com Jesus. Esta experiência é única, ninguém mais a tem vivido, e quando você a compartilha às pessoas está recebendo algo novo. Isso foi o que fez a samaritana no mesmo dia da sua conversão, e ganhou toda a cidade de Samaria para Cristo. Paulo disse: “Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação”. (Rm. 10:10).
  4. Comunhão com outros cristãos. Uma das características da igreja primitiva era que perseveravam na comunhão uns com os outros (At. 2:42). Um dos primeiros sintomas de esfriamento espiritual é quando as pessoas começam a dizer: “Não necessito ir à igreja, eu posso orar em minha casa”. Geralmente quem pensa assim termina distanciando-se de Deus e entregue ao mundo; a Escritura ensina: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. (Hb. 10:24-25). O apóstolo João diz: “Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. (I Jo. 1:7).
INFÂNCIA:
                    Se estamos conscientes que as crianças são os homens e as mulheres de amanhã, devemos nos preocupar em semear nelas a poderosa semente da verdade que encontramos na bendita Palavra de Deus.
                    Paulo escreve a Timóteo, dizendo-lhe: “Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti” (2 Tm. 1:5). Essa semente da fé que começou em uma anciã, reproduziu-se em sua filha, e logo em seu neto, que chegou a ser um dos pastores mais importantes de sua época e um dos poucos em que Paulo confiava.
                    “... E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Tm.3:15). “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv. 22:6).
                    Jesus orou ao Pai dizendo: “Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos” (Mt. 11:25). Todo crente que tem uma fé inocente como a de uma criança, que aprende a depender totalmente do Senhor, acima de seus próprios raciocínios, e que aceita cada uma das Suas palavras, crendo nelas de todo o coração, produz regozijo no coração de Deus. Davi disse: “Da boca dos pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador” (Sl. 8:2). Quando o louvor brota de lábios puros como os de uma criança, no reino invisível o Senhor levanta muralhas de fortaleza espiritual, para proteger-nos dos ataques do inimigo e do vingativo.
 NA JUVENTUDE:
                    “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos nos quais dirás: Não tenho neles prazer”. (Ec. 12:1).
                    Davi disse: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão”. (Sl. 37:25). Quão importante é que desde a juventude se ande pelo caminho da justiça e da retidão. Davi deu seu testemunho de que, por haver feito isto desde a juventude, Deus sempre o havia protegido, e ainda na velhice cuidou dele. Daniel, o profeta, que chegou muito jovem ao palácio de Nabucodonosor, com direito de participar da comida do rei, sabia que esta era uma comida proibida para os judeus, e por isso propôs em seu coração não se contaminar com a comida do rei. A atitude de integridade que tinha Daniel ajudou-o a manter-se em uma alta posição durante diferentes governos. Ele, desde sua juventude, aprendeu a selecionar seus amigos. Estes eram homens espirituais, que estavam prontos a ajudar Daniel em qualquer que fosse sua necessidade. O valor destes jovens pode ser lido em Daniel 3. Estiveram dispostos a dar suas próprias vidas para não adorar o que não era Deus, ainda que isto os levasse à fornalha de fogo; não obstante, estavam confiados em que seu Deus os poderia livrar do fogo ardente, e assim sucedeu.
NA VIDA ADULTA:
                    “Então, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa”. (Dn. 6:4).
                    Daniel se manteve durante toda a sua vida como um homem irrepreensível. Ainda que estivesse em um reino pagão, permaneceu sempre fiel ao seu Deus. Ainda que se levantassem muitos adversários que procuravam por todos os meios destruí-lo, não obstante, ele sempre se apoiou no Senhor. Por esse motivo, Ele permitiu que Daniel conhecesse de um modo claro, as coisas que teriam que acontecer no futuro. Este homem deu testemunho na prosperidade e mostrou que se pode servir de uma maneira íntegra ao Senhor, mesmo no poder.
                    O que ajudou a Daniel a manter-se fiel ao Senhor foi:
  • Orava de joelhos três vezes ao dia, e dava graças diante de Deus (Dn. 6:10).
  • Era fiel (Dn. 6:4) – Seus adversários não encontravam nenhum motivo para acusá-lo diante do rei, porque Daniel era fiel a Deus, ao rei, ao seu trabalho, a seus amigos e a tudo o que Deus lhe incumbiu.
  • Nenhum vício ou falta foram achados nele (Dn. 6:4) – O homem valente não é o que pode misturar toda classe de bebidas embriagadoras, e ufanar-se de que se mantém em pé, ou o que pensa que pode dobrar seu próximo com a força bruta. Isso não é valentia! O homem valente é o que pode vencer os vícios e dizer: Não necessito deles. É o que pode respeitar e valorizar seu próximo, como se fosse ele mesmo. Daniel pôde identificar-se com o pecado de sua nação e fazer confissão a Deus, buscando-O em oração, em súplicas, em jejum, cilício e cinza (Dn. 9:3-4). Um homem de Deus é aquele que se identifica com as necessidades de sua nação; sabe que as respostas estão na oração e persevera nela até alcançar vitória.
NA VELHICE:
                    Quando Deus chamou Abraão, este tinha setenta e cinco anos de idade (Gn. 12:4). Disse-lhe: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma benção”. (Gn. 12:1-2).
                    O apóstolo Tiago escreveu: “... Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça...” (Tg. 2:23).
                    Abraão converteu-se no pai da fé, porque creu em esperança e contra a esperança. Com todos os seus atos este patriarca demonstrou sua inquebrantável fé nesse Deus invisível, convertendo-se no exemplo mais poderoso de como Ele se agrada do relacionamento dos seus com Ele.
  • Abraão entendeu que para Deus não existe impossível.
  • Era-lhe impossível abandonar sua terra, sua família, seus negócios, sua tradição, etc, mas ele apoiou-se somente em Deus.
  • Era impossível ter um filho, porque Sara sua mulher era estéril e estava fora da idade, pois tinha noventa anos, mas este casal apoiou-se na promessa Divina, que sua descendência seria tão numerosa como as estrelas do céu ou como a areia do mar.
  • Era-lhe impossível sacrificar seu filho. Quando Deus lhe disse: “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei”. (Gn. 22:2).
                    Ainda que Abraão soubesse que em Isaque estava à promessa de sua descendência, não duvidou um instante sequer, nem discutiu com Deus, pois tinha a segurança de que Ele era poderoso para ressuscitá-lo dos mortos (Hb. 11:17-19).
                    Creio que para todas aquelas pessoas que estão experimentando o peso dos anos, onde a sociedade tende a rejeitá-los, é muito importante saber que se depositar toda sua confiança em Deus, Ele fará o impossível e renovará suas forças como as da águia, e poderão exclamar como fez o ancião Calebe, aos seus oitenta e cinco anos: “Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele como para voltar”. (Js. 14:11). Ou recebamos o exemplo de Zacarias e Isabel, este casal de anciãos. “Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor”. (Lc. 1:6).

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