segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CUIDANDO DOS ENLUTADOS!



Uma das grandes dificuldades das sociedades atuais, principalmente as ocidentais, é lidar com a morte; preparamos-nos e celebramos as diversas circunstâncias da vida, entretanto, vivemos como se a vida fosse eterna, postergamos e não falamos sobre essa possibilidade, como se ela fosse para sempre neste mundo; a morte aparece em muitos momentos como algo utópico. Entretanto, ela é real e na vida ministerial, seja em qualquer que seja a comunidade que se ministre, volta e meia ela aparece diante de nossos olhos. Dentro de uma sociedade pós-moderna, cada vez as pessoas vivem individualizadas, isoladas e percebemos que os grupos cada vez mais estão menores e impulsionados a viverem dentro do ambiente do núcleo familiar (a casa). Percebemos o grande número de indivíduos que vivem sós na atualidade, claramente demonstrado pelo último censo do IBGE que comprova o aumento do número de pessoas que hoje moram sozinhas. Dentro desse contexto, não seria de outra forma a posição que a própria sociedade assume diante do luto, pois verificamos que as pessoas procuram excluir das suas conversas tal assunto, como se fosse uma “doença incurável”, eliminando das conversas familiares tais circunstâncias, fato que no passado era bem diferente, pois as famílias (antes representavam aglomerados maiores) sentavam à porta das casas para conversarem assuntos pertinentes às suas vidas e as da comunidade. Muitas vezes, até dentro do ambiente eclesiástico, esses assuntos são tratados como tabus e inconvenientes para crianças, adolescentes e muitas vezes, até adultos!
A Bíblia, desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento, bem como os escritos antigos comprovam a preocupação dos povos antigos com o fenômeno morte, como exemplo temos Gênesis capítulo 23 em que Abraão após o luto de sua esposa, toma todas as providências possíveis para sepultá-la. Verificamos que o luto era uma parte cerimonial da vida em comunidade em que, em geral se verifica que grupos e indivíduos têm seu momento de manifestação externa da confrontação com tal momento, ou seja, verificamos que é um fenômeno presente em todos os povos, há um ritual a ser seguido pelo grupo, e mesmo quando individual, percebe-se claramente como uma manifestação típica grupal e que há um destino específico para os restos mortais da pessoa, ou seja, ela sempre é sepultada seja num sarcófago egípcio ou numa caverna mediterrânea; o próprio autor de Eclesiastes em Capítulo 7, versículo 2 fala que é melhor ir na casa onde há luto..., demonstrando que por volta do século IIa.C. , o valor que se dava a esse momento da vida. O próprio Jesus trata tal situação como circunstâncias que fazem parte da vida em vários momentos, como por exemplo, Jo. 11 em que Ele aparece consolando Marta e Maria após a morte de Lázaro. Claramente esse texto serve de referencial para nós, pois, enquanto o Mestre não ressuscita os mortos, cabe aos seus discípulos confortarem e consolarem as pessoas até a sua volta!
Não há fórmula pronta para esse momento; primeiro, é fundamental que o ministro se faça imediatamente presente ao tomar conhecimento da morte, pois, sem dúvida alguma, a presença de alguém que carrega a áurea de ser servo de Deus traz certa gama de paz aos enlutados. Muitas vezes, não é preciso dizer nada, a presença do padre/pastor tranquiliza os familiares. Além do que, é preciso alguém sóbrio e sereno neste momento para que a família não seja vítima dos “papas-defuntos” que aproveitam o momento de dor para espoliar os familiares. Deve-se obter informações sobre o que a família deseja para o momento da cerimônia fúnebre e de que forma o ministro pode lhes ajudar nessa situação, pois quase sempre, as pessoas ficam sem um norte delimitado. A cerimônia deve ser conduzida de maneira que não se torne um momento para aguçar ainda mais as dores que as pessoas estão vivenciando, pois elas ainda terão que lidar com muitas circunstâncias que farão aflorar suas lembranças e aprofundar suas dores. Igualmente, não podemos esquecer o luto é claramente demonstrado como um ciclo, pois ele tem princípio meio e fim. É evidente que as condições culturais e individuais são pares em cada um ou cultura, mas não esqueçamos que todos passarão por etapas e que elas terão que aprender como lidar com essas situações; entretanto, a presença do ministro ou dos membros das comunidades após o sepultamento e o acompanhamento constante dessas pessoas lhes ajudará a ultrapassarem esses momentos de forma sadia e completa. As fases ou os momentos que os indivíduos vão passar podem ser diferentes ou com duração distinta, no entanto, todos vão precisar de apoio e ajuda para superarem esse momento delicado de suas vidas. A igreja não pode fechar os seus olhos e deslocar sua atenção para um momento tão importante e crucial nas vidas daqueles que estão passando por essa situação e a maneira mais coerente e producente é demonstrando sua presença dentro do texto sagrado e como uma fase que todos irão passar.

OUVINDO COM AMOR!



A igreja não pode estar alienada as necessidades dos indivíduos em todas as épocas e eras da história humana, lembrando que sua mensagem deve estar contextualizada às necessidades dos indivíduos que ela precisa alcançar para cumprir sua chamada e sua vocação em Cristo Jesus; a própria hermenêutica moderna tem como uma de suas bases a contextualização da mensagem ao ambiente (local). Não seria diferente com a tarefa do Aconselhamento Pastoral, pois como é do conhecimento geral que esta tarefa é de todos os cristãos, não apenas de uma parcela limitada da comunidade como a própria expressão poderia induzir a se pensar, a comunidade cristã falhará amplamente em sua tarefa caso não leve em consideração esse fenômeno da sociedade, pois as pessoas vivem condições e situações distintas diante de ambientes geográficos e também históricos!
Verificamos que em cada época, alguns fenômenos e problemas afligem e atingem a humanidade como um todo, temos como exemplo o fato tratado no texto sobre os infectados com o vírus do HIV, mas poderíamos estender para outras situações de crises que abarcam as pessoas nas mais diversas áreas, como o fenômeno do crack que prolifera nas grandes cidades do Brasil, a pobreza e a miséria, crises financeiras nas sociedades, epidemias, catástrofes, etc. que levam os indivíduos a ponto de desespero e a pergunta que se faz é: COMO PODEMOS AJUDAR ESSAS PESSOAS? Dentro do processo, alguns chamam de disciplina, do Aconselhamento pastoral está a atividade de ouvir que, embora alguns possam considerar trivial, verificamos que esta tem sido uma das grandes necessidades em nossas sociedades, visto que as pessoas vivem em uma correria constante e, poucos tem tido tempo para ouvir o outro, principalmente àqueles que estão vivenciando as suas crises. Não apenas os acometidos com HIV, mas todos que sofrem precisam encontrar alguém que lhes escute e elas possam falar de seus medos receios e problemas. Quero enfatizar que esse mecanismo não é fácil, pois o elemento que sofre, em geral, cria bloqueios e resistências para falar do que lhe aflige. É fundamental que o aconselhado sinta confiança com que se aconselha; para isso é necessário que o local e o tempo sejam adequados para que ele não se sinta intimidado ou pouco valorizado por quem está lhe ouvindo, também é importante que lembremos de que não estamos na posição de juiz, daí porque devemos deixar a pessoa falar sem que a interrompamos, pois se chegamos a condição de que ela está tocando no assunto, é que ela sente confiança em nós para tal e a própria Bíblia declara que não somos juízes de ninguém. Procuremos passar à pessoa a realidade de que, todos têm suas áreas de deficiência e de problemas. Além disso, o amor que é a base de todas as nossas realizações e atividades deve ser o elemento básico de nossa existência e ministério, pois semelhante ao amor de Cristo por nós em que Ele nos amou sem cobrar nada em troca, devemos nortear o Aconselhamento Pastoral com a fragrância do amor. O amor nos levará a nos colocar no lugar do outro, procurando compreender o que lhe levou a determinadas circunstâncias em sua vida, não significando com isso que concordamos com tudo que ela diz ou faz, mas demonstrar que entendemos a sua situação.
Por último, é fundamental que o conselheiro esteja bem consigo mesmo, não estou com isso referindo-me a que ele seja perfeito, entretanto, se a pessoa não estiver de bem consigo mesma, em algum momento ela poderá agir de forma que prejudique a sua missão de aconselhar, daí porque é preciso que o indivíduo conheça bem os seus medos, traumas e receios, mantendo-os sobre controle e vigilância constante. Concomitantemente, devemos ter em mente que não possuímos a solução para todos os problemas da vida (se é que temos para algum!), levando o aconselhado a uma posição e atitude de fé diante das dificuldades e lhes demonstrando que Deus lhe tem aceitado e compreende às suas falhas e também as suas dores. Com base no que foi apresentado, sabemos que neste ambiente, há condições perfeitas para que o Espírito Santo efetue a obra de Salvação no interior dos indivíduos, pois cabe a Ele sarar e cicatrizar todas as feridas do homem. Por mais preparo secular que tenhamos, deve ocorrer em nós constantemente uma posição e atitude de dependência e submissão a vontade de Deus, lembrando que essa simbiose entre conselheiro, aconselhado e Deus conduzirá a êxitos no papel da Igreja de tratar os doentes e feridos dentro da sociedade. Tal postura, em geral, não ocorrerá da noite para o dia, há de ocorrer disciplina em nossa postura de ouvir o próximo, pois como disse anteriormente, não é uma atitude fácil, mas que demanda disciplina e mudanças em muitas áreas da nossa vida, mas que redundará em grandes benefícios para nós, a sociedade e principalmente para o Reino de Deus!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

ACONSELHAMENTO PASTORAL.




A preocupação com a cura da saúde psíquica dos indivíduos é mais antiga do que o próprio cristianismo, já encontramos entre os escritos platônicos e depois com os gnósticos uma preocupação em se tratar as feridas causadas no interior dos indivíduos. Há entre os gregos o conceito de o sucesso é advindo de uma harmonia entre as diversas áreas da vida humana, ou seja, o indivíduo equilibrado é aquele em que se encontra plenamente harmonizado a vida física e a vida espiritual. Enquanto claramente no mundo grego há um dualismo antropológico, no mundo judaico não, há uma concepção monista em que o ser humano é visto de forma integral em que sua relação com Deus é requisito básico para se determinar a harmonia de sua vida! No Novo Testamento, verificamos a influência que esses dois mundos tiveram na formulação dos conceitos na vida da Igreja: ela avança de um pensamento judaico e abarca em seu conteúdo as ideias gregas gradativamente. Vejamos o exemplo do Reino de Deus que se modifica de um ambiente terreno do pensamento judaico para um reino celestial como consequência da influência grega. A Igreja Antiga e Medieval recebe grande influência da figura de Agostinho de Hipona em que fundamenta seus conceitos e padrões nas convicções filosóficas platônicas em que o metafísico tem primazia sobre o físico, o espiritual prevalece sobre o natural e com isso, o aconselhamento pastoral é exercido pelos bispos, presbíteros e pastores ligados quase que exclusivamente a ideia de que sua finalidade é acalmar a alma angustiada dos males da vida com a expectativa de que no mundo vindouro Deus tem uma morada de paz para cada um dos seus, um exemplo claro é a obra “A cidade de Deus” de Santo Agostinho; além disso, imperava uma concepção de que essa faculdade estava especificamente nas mãos da liderança episcopal, inclusive com o ideal de que os tais podem até mesmo perdoar os pecados praticados e que com a prática de penitências esses pecados seriam perdoados!  Já a reforma, com base nas próprias experiências de Lutero, ele compreende que a prática das penitências não pode e é ineficaz para aliviar o homem das consequências dos seus pecados, para tal, basta apenas ele se apropriar da Graça de Deus. Quando adentramos ao mundo moderno, inicialmente, temos o movimento pietista na Alemanha, o movimento puritano inglês e o metodismo responsabilizando todos os cristãos na função de aconselhar não apenas os cristãos, como também os não cristãos, entendendo e compreendendo a máxima luterana e reformada de que todos os cristãos são “sacerdotes”! Ou seja, a responsabilidade de cuidar, evangelizar e discipular as pessoas são direcionadas a todos os membros da comunidade cristã, em que o tratamento terapêutico é conduzido de forma em que se escutam as pessoas no transcorrer da vida em comunidade.
Já no ambiente secular, a base do aconselhamento científico se fundamenta nas bases do racionalismo e do empirismo em que tal atividade precisa ser sustentada em bases já não bíblicas, mas sim em fundamentos científicos. Esse era o lema do liberalismo europeu dos séculos XVIII e XIX e que tiveram que ser repensados nos inícios do século XX, visto que toda “profecia científica” desse período declarava que a ciência conduziria a sociedade para um bem estar coletivo, mas as duas Grandes Guerras desse período fizeram com que se repensasse tal máxima, buscando novas explicações para as realidades vivenciadas. Dentro do ambiente americano pós II Guerra Mundial, estabelece-se o conceito e a promoção de que é fundamental a utilização da Ciência Psicologia como meio auxiliar para que as comunidades cristãs venham alcançar satisfatoriamente sua missão dentro do ambiente moderno. No ambiente da América Latina, devido até a sua formação histórica inicial por meio das comunidades de imigrantes, o conceito de aconselhamento pastoral obedecia aos ideais presentes no contexto do ambiente europeu para tal atividade; já no início do século XX, as missões americanas de estabelecimento não criam um modelo específico para a localidade, ainda empregando modelos que são estranhos à realidade cultural, mas se fundando nos moldes americanos para tal. Somente no pós II Guerra, com o aparecimento da Teologia da Libertação é que, com base na teologia dos oprimidos e injustiçados, aparece o aconselhamento pastoral ligado e vinculado àqueles que vivem e habitam dentro do ambiente latino, esse modelo de aconselhamento é claramente verificado dentro das comunidades de bases que realizam um trabalho de oitiva comunitário e com movimentos e atividades que possam auxiliar os indivíduos a confrontarem-se com suas lutas e dificuldade que são compartilhados entre todos que vivem na mesma realidade.

Procurador quer excluir frase religiosa de cédulas!


Estado laico

Procurador quer excluir frase religiosa de cédulas

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em São Paulo pediu à Justiça Federal que determine a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas de reais. A medida não gerará gastos aos cofres públicos. A Procuradoria pede que seja concedido à União o prazo de 120 dias para que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase.
Um dos principais argumentos utilizados é o de que o Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa. Além disso, são lembrados princípios como o da igualdade e o da não exclusão das minorias para reforçar a tese de que a frase “Deus seja louvado” privilegia uma religião em detrimento das outras.
No ano passado, a PRDC recebeu uma representação questionando a permanência da frase nas cédulas de reais. Durante a fase de inquérito, a Casa da Moeda informou à PRDC que cabe privativamente ao Banco Central “não apenas a emissão propriamente dita, como também a definição das características técnicas e artísticas” das cédulas. Para o Bacen o fundamento legal para a existência da expressão “Deus seja louvado” nas cédulas é o preâmbulo da Constituição, que afirma que ela foi promulgada “sob a proteção de Deus”.
Nota técnica divulgada pelo Ministério da Fazenda informou  à PRDC que a inclusão da expressão religiosa nas cédulas aconteceu em 1986, por determinação direta do então presidente da República, José Sarney. Posteriormente, em 1994, com o Plano Real, a frase foi mantida pelo ministro da Fazenda,  Fernando Henrique Cardoso, supostamente por ser  “tradição da cédula brasileira”, apesar de ter sido inserida há poucos anos.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, lembrou que não existe lei autorizando a inclusão da expressão religiosa nas cédulas brasileiras. “Não se pode admitir que a inclusão de qualquer frase nas cédulas brasileiras se dê por ato discricionário, seja do presidente da República, seja do ministro da Fazenda”, afirmou.
“Mesmo a lei 4.595/64, ao atribuir ao Conselho Monetário Nacional a competência para 'determinar as características gerais das cédulas e das moedas' não o autorizou a manifestar predileção por esta ou aquela religião”, apontou o procurador.
Para Dias, o principal objetivo da ação é proteger a “liberdade religiosa de todos os cidadãos”. Ele reconhece que a maioria da população professa religiões de origem cristã (católicos e evangélicos), mas lembra que “o Brasil optou por ser um Estado laico”. Portanto, tem o dever de proteger todas as manifestações religiosas, sem tomar partido de nenhuma delas, alega.
“Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: 'Alá seja louvado', 'Buda seja louvado', 'Salve Oxossi', 'Salve Lord Ganesha', 'Deus Não existe'. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus”, diz um trecho da ação. Para Dias, o fato dos cristãos serem maioria “não justifica a continuidade das violações aos direitos fundamentais dos brasileiros não crentes em Deus”.
Além da referência religiosa nas cédulas, o procurador lembrou que muitas repartições públicas mantém crucifixos em locais de atendimento ao público. “Quando o Estado ostenta um símbolo religioso ou adota uma expressão verbal em sua moeda, declara sua predileção pela religião que o símbolo ou a frase representam, o que resulta na discriminação das demais religiões professadas no Brasil”.
Ele pede também pede à Justiça Federal que estipule multa diária de R$ 1,00 caso a União não cumpra a decisão de retirar a expressão religiosa das cédulas. A multa teria caráter simbólico, “apenas para servir como uma espécie de contador do desrespeito que poderá ser demonstrado pela ré, não só pela decisão judicial, mas também pelas pessoas por ela beneficiadas”. Com informações da Assessoria de Imprensa da PRDC.
Clique aqui para ler a íntegra da ACP 00119890-16.2012.4.03.6100
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-12/procurador-excluir-expressao-deus-seja-louvado-cedulas-real

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PREGANDO NA IMW ALTO DA SERRA!

Estive pregando ontem em Petrópolis na Igreja Metodista Wesleyana em Alto da Serra, Petrópolis. Vi uma igreja feliz e alegre e um louvor que agrada muito aos ouvidos. Parabéns aos irmãos e ao meu amigo pastor Gustavo Figueiredo pela belíssima Igreja! Felicidades à esta Igreja que comemorou seus primeiros seis anos.





quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SEMINÁRIO JESUS NÃO DESISTIU DE VOCÊ!



Aconteceu neste dia 3 de Novembro de 2012 às 9:00 na Igreja Metodista Wesleyana em Rocha Miranda o Seminário com o pastor Sinfrônio de Belo Horizonte: "Jesus não desistiu de você!" Foram momentos edificantes na presença do Senhor em que obreiros das Igrejas do Distrito de Rocha Miranda e de outros 5 distritos estiveram aprendendo a utilizar esse modelo de evangelismo com aqueles que estão afastados da Casa do Pai!












sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uma Reforma que marcou a história!


A Reforma Protestante dividiu a história o mundo em duas partes: O Antes e o Depois da Reforma! Temos agora na presente história a liberdade de Culto, a Autonomia das Religiões e Igrejas, a liberdade de expressão religiosa, antes sufocada e combatida de forma veemente. Devemos isso hoje, a homens de Deus do passado, muitos dos quais pagando com a própria vida a verdade que defendiam, ou seja, a pureza do Evangelho apresentado na Bíblia Sagrada.
A Reforma Protestante deu origem a formação das Denominações Confessionais de variadas ênfases doutrinárias. Porém, unificadas, na doutrina da Salvação mediante a fé em Jesus Cristo, tendo a autoridade da Bíblia como sua regra de fé e prática. A partir da Reforma o livre arbítrio se valoriza e as formas de expressão religiosa ganham força. É inegável a marca que a Reforma Protestante deixa na história do mundo!
Poderíamos mencionar muitos Reformadores e Pré-Reformadores. Todos foram importantes e indispensáveis. Com a sua vida e voz marcaram o seu tempo, sendo arautos da verdade que culminou no dia 31 de outubro de 1517, à 495 anos atrás, quando Martinho Lutero, um monge alemão, o personagem destacado da Reforma Protestante afixou na porta da Igreja de Wittemberg 95 teses em que expôs seus protestos com o objetivo de repensar e debater alguns pontos relacionados a fé, a Igreja, a doutrina e etc… Lutero apontava a necessidade de uma Reforma, ou seja, um debate com esse objetivo. No entanto sofreu severa perseguição. Mas, foi protegido pela providência de Deus que usou Príncipes da Alemanha para ajudá-lo dos constantes perigos de morte.
Martinho Lutero aos 20 anos de idade tornou-se professor na Universidade de Wittemberg onde ensinava sobre os livros da Bíblia, recebendo o grau de Doutor em Teologia. Experimentou um encontro real e marcante com Cristo ao estudar na Bíblia o livro de Romanos, onde descobriu o ensino da justificação pela fé, sem as obras da Lei. Esse ensino marcou a sua conversão, recebendo pela fé, o Senhor Jesus, como o seu Único
Salvador.
Junto a Martinho Lutero podemos ainda destacar outros Reformadores tais como: João Huss, Hubmaier, Erasmo, Calvino, Zwinglio, Guilherme Farrel e Melancton. Inclusive Melancton foi um grande aliado de Lutero. Esse jovem de apenas 21 anos, professor de Grego e Hebraico na Universidade de Wittemberg contribuiu em muito para o sucesso da Reforma Protestante. Podemos dizer que Melancton foi o Teólogo da Reforma e Lutero o Proclamador, o porta-voz que Deus usou para proclamar a verdade, à séculos abafada, reprimida e relegada ao esquecimento.
Em abril de 1521, Lutero precisou comparecer perante a Dieta de Worms, ou seja, uma assembléia geral, para defender os pontos que margeavam a Reforma Protestante. Na Dieta de Worms, Lutero com a Bíblia na mão corajosamente respondeu: “Não posso e não quero retratar coisa alguma, porque não é seguro para o cristão falar contra a sua consciência. Aqui estou. Não posso fazer de outro modo. Deus me ajude. Amém!” Deus preservou a vida de Lutero e ele continuou o seu trabalho pregando a verdade registrada na Bíblia, sendo pela mão de Deus um instrumento para o surgimento de uma Reforma que marcou a história da humanidade. Lutero à cinco séculos atrás levantou essa bandeira e hoje também nos juntamos a ele para continuar a proclamar: “Sola scriptura” (Só a Bíblia Sagrada), “Sola gratia” (Só a Graça de Jesus), “Soli Deo Glória” (Só a Deus Glória), Amém.
Por: Almir de Oliveira (Pastor da PIB em Cruzeiro do Oeste, PR – Fonte: O Jornal Batista – Domingo, 28.10.2012
Fonte:  http://radioitaperunafm.com/site/2012/10/30/uma-reforma-que-marcou-a-historia/