“Treze igrejas devem ser
multadas por falta de alvará de incêndio em Cuiabá. Bombeiros informaram que
instituições foram notificadas e não regularizaram. Igrejas devem ser multadas
e, em seguida, interditadas. (...). [Foi informado] (...) que, após denúncia de
irregularidade, foi feita vistoria e constatadas falhas em 22 instituições
religiosas. Nove delas, porém, regularizaram a situação, enquanto as demais
ainda se encontram em condições que oferecem risco às pessoas que frequentam o
local. (...)”, Portal G1, fev/2013.
É de se enfatizar o noticiado pela
mídia nacional que, segundo as empresas fabricantes de extintores de incêndio
houve acréscimo na procura, em cerca de 30%, na aquisição por Igrejas
Evangélicas e Centros Espiritas, os quais estão entre as instituições que
promovem reuniões em espaços fechados com grande acesso ao público de fieis, o
que demonstra a salutar preocupação das lideranças.
Nesta motivação de
legalidade institucional no exercício da fé para os religiosos, um dos
trabalhos que os alunos da disciplina:
“Igreja e o Direito Civil”, do qual sou titular no Curso de Teologia da
FAECAD - Faculdade das Assembleias de Deus no Brasil, mantida
pela CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, com sede em
Vicente Carvalho, Rio de Janeiro/RJ, é apresentar uma cópia do Alvará de
Localização Municipal ou Certificado do Corpo de Bombeiros, procedendo a
obtenção voluntaria de um destes documentos junto a uma Igreja Evangélica dentro
de sua escolha pessoal.
Chama à atenção os relatos de alunos, muitos dos
quais já pastores, inclusive do Curso de Convalidação, de que a maioria das
Igrejas pesquisadas por eles, de todas as denominações: históricas,
tradicionais, pentecostais e neopentecostais, não possuem tal documentação
legal, autorizativa de funcionamento para reunião de pessoas em locais fechados,
enfatizando a dificuldade do cumprimento da tarefa acadêmica, que visa
exatamente conscientizá-los da indispensabilidade da obtenção destes documentos
antes de juntar pessoas num ambiente para culto ou para a realização de evento
público em local aberto, inclusive para louvar a Deus.
É importante
destacar que todos os Estados da Federação Brasileira possuem regramentos
específicos para a segurança na reunião de pessoas, em ambientes fechados, como
os Templos Religiosos, de qualquer confissão, ou ambientes abertos, como eventos
evangelísticos; por exemplo, no Estado do Rio de Janeiro, o COSCIP -
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, Decreto n.º 897,
21/09/1976, enuncia todos os itens obrigatórios a todas as pessoas,
organizações, entidades, instituições, empresas etc, que pretendam promover o
ajuntamento de cidadãos, independente da motivação, seja religiosa, civil,
cultural, esportiva etc.
Fiquei muito contente quando em uma visita
feita a Igreja Batista da Liberdade em São Paulo pude
constatar, em local visível na entrada do Santuário de Culto, uma grande placa
que atesta que aquela Igreja Evangélica cumpre as determinações municipais
relativas ao Alvará Municipal, consequentemente cumprindo as exigências de
segurança pública para lugares que reúnem pessoas.
Também visualizei a
devida instalação e identificação dos Extintores de Incêndio em locais
acessíveis, e notei que a Igreja da Liberdade possui internamente sinalizações
relativas às Saídas de Emergência, e ainda, para orientações de seus membros e
visitantes, insere no Boletim Dominical instruções orientativas com relação à
localização e utilização dos equipamentos de segurança dos fiéis.
Num
outro momento lecionando o Módulo: “Legislação Aplicada as Organizações
Religiosas” no Curso de Pós-Graduação em Gestão Eclesiástica da
FABERJ - Faculdade Batista do Estado do Rio de Janeiro/STBF - Seminário
Teológico Batista Fluminense, ligado a Convenção Batista Fluminense, que
funciona nas dependências do Colégio Batista Fluminense, na Cidade de Campos dos
Goytacazes/RJ, compartilhamos a obrigatoriedade das Igrejas e Organizações
Religiosas cumprirem o COSCIP/RJ.
Destacamos o excepcional exemplo da
Igreja Batista Nova Belém, São Francisco do Itabapoana/RJ, em
que pese, na quantidade de membros, ser considerada pequena, possuir uma Brigada
de Incêndio formada por membros, que foram treinados num curso promovido pelo
Corpo de Bombeiros para Líderes Comunitários, estes sim, de grande visão, o que
deve servir de modelo para outras Igrejas Evangélicas, que pretendem cultuar a
Deus, com a tranquilidade pessoal, sem colocar em risco a vida, a segurança ou a
integridade dos fieis, “Para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao Pai
que está nos Céus”.
É de suma importância que todas as igrejas estivesse neste patamar como essa igreja Batista da Liberdade, pois todas as igrejas deveriam se preocupar com a segurança dos membros.
ResponderExcluirJonas Ataydes / ITM
Quando se trata de segurança e organização documentaria, tem que se levar a serio independentemente da organização ser evangélica ou não, e se tratando de igreja, não só a serio mais com muita responsabilidade pós se trata de igreja de Cristo, tem que da o exemplo e cuida da segurança dos membros.
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